IDE! - Trigolândia/Pangaré - História

“Quão suaves são sobre os montes os pés do que anuncia as boas novas, que faz ouvir a paz, que anuncia o bem, que faz ouvir a salvação, que diz a Sião: O teu Deus reina!”  Isaías 52:7

Em Ezequiel 3:17 à 19 Deus nos dá a advertência:  “Filho do homem: Eu te dei por atalaia sobre a casa de Israel; e tu da minha boca ouvirás a palavra, e os avisarás da minha parte. Quando eu disser ao ímpio: Certamente morrerás; não o avisando tu, não falando para o avisar o ímpio acerca do seu caminho ímpio, para salvar a sua vida, aquele ímpio morrerá na sua maldade, mas o sangue de sua mão o requererei. Mas, se avisares o ímpio, e ele não se converter da sua impiedade e do seu caminho ímpio, ele morrerá na sua maldade, mas tu livraste a tua alma.”   

Baseando-se no livro “Heróis de todas as Épocas”  e  lendo as experiências descritas no livro “Por que Mudei de Exército”, que me motivou a ir em lugares mais retirados para vender e distribuir os folhetos

No livro “Heróis de todas as Épocas” é relatada a história dos valdenses que na idade média, tempo da inquisição; por não submeter-se à autoridade da igreja romana, que proibia a leitura das escrituras sagradas, eram perseguidos, torturados e mortos. Não tinham a liberdade de consciência e eram recriminados por adorar ao Deus verdadeiro, Criador dos céus e da terra.

Saíam de seus lares nas montanhas e como mercadores, levavam escondidas em suas roupas partes das escrituras e com o perigo da própria vida, partilhavam com quem eles viam interesse.   

Hoje em dia, a Bíblia está presente em quase todos os lares, mas na maior parte deles, ela é negligenciada.  Nela contém tesouros escondidos. Basta pedirmos a inspiração de Deus e estudá-la para a compreendermos; pois Ele abrirá a mente daqueles que com sinceridade de coração procuram aprender mais sobre Seu imenso amor.

Mas ela não ficará eternamente à disposição, pois chegará o dia em que a exemplo do tempo da inquisição, ela será recolhida novamente, então agora é tempo de trabalhar, pois em  João 9:4   Jesus disse: “Convém que eu faça as obras daquele que me enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar.”

Em Atos 1:8 está escrito: “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra.”

Jerusalém se referindo aos de casa e aos mais próximos; Judéia aos vizinhos; Samaria; outras cidades e finalmente aos confins da terra.

Ao ler esta mensagem, eu prefiro focar mais em Samaria e se possível até os confins da terra!

Sou funcionário público, mas desde aos 12 anos me acostumei a vender alguma coisa; já vendi picolés, verduras, tapetes, quadros, toalhas, pedras de carne de granito, produtos naturais, etc.

Então aos domingos ou feriados saio vender alguma coisa e a exemplo dos valdenses em cada casa deixo um folheto bíblico!

Ao findar das luzes do ano de 2014, ou seja; na véspera de natal e também na véspera do ano novo fui até Trigolândia vender Dvds de Desenhos Bíblicos e entregar folhetos.

Há muito tempo queria voltar nessa cidade, pois me lembrei de que em 1995, quando trabalhava na mantenedora das Escolas da IASD, aos domingos e feriados saía com um Del Rey, vender quadros em algumas cidades próximas da região metropolitana.

Algumas vezes levei minha mãe e irmãs, mas na maioria das vezes fui só.

Naquele ano, um dos alvos da IASD era evangelizar cidades onde não tinha presença de adventistas, inclusive algumas próximas a região metropolitana.

Fiz planos de cada domingo visitar uma delas, até que fosse a todas.

Nas casas em que ia, após a oferta dos quadros entregava um folheto evangélico. Eu pensava: “Se não vender pelo menos fiz trabalho missionário.” Mas sempre Deus me abençoava, pois unia o útil ao agradável, pois além de entregar folhetos sempre vendia alguma coisa.

Naquele ano, fui a Agudos do Sul, Piem, Balsa Nova, Tijucas do Sul, Contenda, Mandirituba, Quitandinha, Bocaiúva do Sul e Tunas do Paraná.  Hoje em dia todas essas cidades possuem Igreja Adventista.

Trigolândia pertence ao município de Piêm e lembro-me que naquela época veio resposta de uma pessoa daquela cidade solicitando estudo bíblico e depois de quase 20 anos resolvi voltar para o local.

Na véspera de natal, ao chegar me informei sobre o horário do ônibus para a volta e me disseram que teria um as 11h30m e outro as 16h30m.

Pensei comigo mesmo; vou pegar o das 16h30m, pois será impossível vender os 40 DVDs e distribuir folhetos em pouco tempo, mas fiquei surpreso que das 9hs até ás 11hs vendi tudo e entreguei uns 50 folhetos.

As 11h30m já estava voltando para casa e fazendo plano em voltar no próximo dia livre, que seria na véspera do ano novo.

Chegando ao referido dia, retornei para aquela cidade com mais DVDs e mais folhetos.

Nesse dia demorei mais tempo para vendê-los e praticamente entreguei uns 100 folhetos, sendo que ás 15hs vagarosamente me dirigi ao ponto do ônibus e  aguardei até as 16h30m para voltar para casa.

Naquele dia fez um calor insuportável e bebi várias garrafas de sucos de 600 ml para a hidratação e também notei que o peso da idade já me faz muita diferença, pois quando fui há 20 anos me deslocava com facilidade e agora depois do almoço, praticamente me arrastava pelo caminho, principalmente quando subi em uma rua de saibro com um aclive bem acentuado.

No segundo dia do presente ano com 50 DVDs pretendia ir a Areia Branca, para também vender e distribuir folhetos. Tinha esse plano, porque um dia antes choveu e a previsão do tempo para o dia seguinte era de chuvas com trovoadas, mas como de madrugada o céu estava nublado, mas era possível ver algumas estrelas, resolvi acordar cedo e me deslocar até a cidade supracitada, pois se chovesse era mais fácil encontrar algum abrigo.

Pangaré é uma pequena colônia que dá uns 10 quilômetros de Quitandinha e eu não tinha conhecimento se teria algum ônibus para o local, então pensei em ir em outra ocasião quando o tempo estivesse firme, pois não seria nada agradável estar caminhando por aquele local com muitos eucaliptos e pinheiros e ser surpreendido por uma chuva com raios e trovoadas e não ter onde se abrigar.

No terminal do Pinheirinho, quando embarquei no ônibus que faz a linha Quitandinha que passaria em Areia Branca, notei que o vento vinha da direção sul e na mesma direção o céu tinha nuvens carregadas, mas à medida que o ônibus foi seguindo seu caminho, notei que as nuvens começaram a se dissipar e o sol começou a tomar conta da situação, cessando também o vento.

Então resolvi ir até Quitandinha e de lá me deslocar até Pangaré. Ao chegar a Quitandinha fiquei maravilhado quando o ônibus passou por uma praça e vi a revoada de centenas de andorinhas. Todos os fios de um quarteirão inteiro estavam ocupados por elas e até parecia que as mesmas faziam parte da paisagem. Estavam todas empoleiradas uma ao lado da outra como torcedores em um estádio de futebol.

Chegando ao ponto final perguntei aos taxistas quanto custaria à corrida até Pangaré e o da vez me informou que custaria R$ 20,00 até o colégio e fui com ele.

Como para ele era caminho da roça me informou de outras ruas onde tinha outras casas e me levou um pouco mais adiante onde bem dizer terminava o vilarejo e me cobrou mais R$ 5,00.

Na primeira oferta, já vendi para um casal que por coincidência são adventistas e há dois meses se mudaram para o local e compraram o terreno de mais ou menos 500 metros com uma boa casa de madeira por apenas R$ 45.000,00.

Continuei ofertando e me animei quando vendi nas três casas seguintes e em cada uma deixava um folheto bíblico e também deixei um livro a grande esperança, pois na primeira venda o casal me deu nove livros que estavam sobrando para que fossem distribuídos. Falei para eles; “Eu vou semear e vocês irão colher!”

O lugar é bonito e cheio de árvores, sendo que se ouve gorjeio de uma grande diversidade de pássaros praticamente o dia inteiro.

No povoado tem também lindas chácaras rodeadas de lindos pinheiros, que são árvores símbolos do Paraná.

Ao oferecer meu produto pelo interfone em uma grande casa, a senhora gostou e comprou. Vim a saber, que ela trabalha no colégio estadual da colônia, sendo que algum tempo atrás o diretor me comprou o cd e kit de caças palavras e que foi de grande ajuda pedagógica e também os alunos gostaram muito do material.  

Até às 13 horas fui praticamente a todas as casas do povoado então comprei no mercado um lanche e pacientemente fui ao ponto de ônibus que iria passar somente às 14 horas.

Momentos após, aquele primeiro casal que comprou os DVDs passou em um automóvel e me deram carona até Quitandinha, visto que a esposa e a filha viriam até a Fazenda Rio Grande no ônibus das 14 horas.

Enquanto aguardávamos o ônibus na praça, achei interessante a criatividade da população local, pois nela ainda estavam os enfeites de natal, tudo feito com  materiais recicláveis.

Ao embarcar no ônibus, a senhora e sua filha sentaram nos dois lugares disponíveis antes da roleta e eu fui para trás onde já não havia mais lugar.

À medida que o ônibus vinha para a capital embarcaram mais pessoas, mais também desembarcaram algumas, sobrando assim um lugar para eu sentar.

Até chegar ao Terminal do Pinheirinho dei algumas cochiladas, mas foi um dia proveitoso, pois além de vender quase todos DVDs, distribuí os nove livros “A Grande Esperança” e uns 50 folhetos.