ESTRADA DA GRACIOSA (Caminho
da roça) - Há muito tempo eu tinha o desejo de descer a
pé por esse caminho maravilhoso no inverno, pois o clima estaria mais ameno e
com o tempo limpo seria melhor para tirar fotos e também seria menos
cansativo.
Já desci várias vezes por
essa estrada, muitas vezes a pé; mas no dia 19 de julho de 2014, vendo que a previsão
do tempo para o dia seguinte seria de sol radiante, resolvi descer sozinho e com
a expectativa de desfrutar um dia maravilhoso.
No dia seguinte às 5hs da
manhã já estava no ponto de ônibus e me desloquei até o centro, sendo que lá
embarquei às 6hs no ônibus para Quatro Barras, e às 6h45m embarquei em outro ônibus,
que faz a linha Ribeirão do Tigre que me levou até uma saibreira a uns seis
quilômetros do portal da graciosa.
Estranhei o fato de quando
cheguei a Quatro Barras ainda estava escuro, pois o dia estava nublado e fiquei
meio desapontado, mas resolvi ir assim mesmo. Após descer do ônibus às 7h30m e
começar a caminhar, aos poucos o tempo começou a melhorar, até que pelas 10h,
despontou o sol e continuou assim o dia inteiro.
Aos
poucos também o ruído do trator e caminhões da saibreira, foi ficando para trás
e era possível ouvir apenas o som de meus passos e o gorjeio de alguns pássaros,
pois no trajeto de Quatro Barras até o portal pela estrada original da
graciosa, apesar de estar em ótimas condições, em dia de semana o tráfego de
automóveis é insignificante.
Chegando no caminho da casa
de pedra, entrei por ele, mas já notei algumas diferenças de quando fui por
esse mesmo caminho há um mês atrás.
A placa indicativa sobre o
Rio Taquari já está pichada e a que indica o caminho da casa de pedra já está
quase ao chão. No caminho pedregoso encontrei também vários entulhos deixados
por pessoas sem consciência; latas de alumínio, garrafas pet, vários copos
plásticos, pacotes de salgados e vários panos brancos, vermelhos e pretos em um
local, provavelmente deixado por alguém que fez alguma oferenda.
Em
alguns lugares vi também árvores caídas e serradas à beira do caminho que
haviam caído por algum deslizamento de terra.
Pelo caminho até chegar ao
asfalto dá uns cinco quilômetros e é um lugar tranquilo totalmente circundado
por árvores, sendo que tem apenas uma casa de morador ao lado da casa de pedra.
Notei também que preciso comprar outro sapatênis, pois já sentia o impacto das
pedras na sola de meus pés.
As 8h45m cheguei ao asfalto
e aí o caminhar foi mais prazeroso por um lado, mas por outro tive que tomar
mais cuidado, pois agora que a estrada foi reaberta para a circulação de
automóveis, apesar de pouco trânsito em dias de semana, se não cuidar é
perigoso ser atropelado.
À medida que eu caminhava,
às nuvens foram se dissipando e o sol com seu calor radiante, aquecia os lindos
cenários que desdobravam perante meus olhos.
Ao passar pelo primeiro recanto,
vi que a pessoa responsável por ele estava chegando para atender eventuais
fregueses, tentando assim recuperar um pouco do prejuízo por ficar vários meses
parado.
Fui descendo filmando alguns
trechos, tirando fotos e também ajuntando as latinhas que estavam jogadas à
beira do caminho.
Notei
muita diferença na estrada desde a última vez em que desci, quando estava
interditada. Naquela vez parecia bem abandonada; capim alto em suas margens,
muitas folhas e até galhos no meio da rodovia; mas em contraposição a caminhada
tinha sido bem mais tranquila, pois não havia o trânsito de automóveis.
Desta vez muitos carros subiam
e desciam e também alguns caminhões transportando terra para a manutenção da rodovia,
mas agora ela está bem limpa com a grama bem curta, pois foi tosada a pouco
tempo. Assim mesmo encontrei umas 30 latas de alumínio que ajuntei e deixei no
recanto Mãe Catira, para que fosse vendida.
À medida que ia descendo,
aspirava o ar puro, sentia o frescor das matas, ouvia o murmúrio do riacho, o gorjeio
dos pássaros e deslumbrava o verde vivo das matas, bem como o azul do céu e as
cores do arco íris quando o sol refletia seus raios por entre as folhas das
árvores, trazendo aos meus olhos um belo cenário.
Parei
por um instante e no silêncio do momento, olhei para as árvores altaneiras ao
redor e sem que houvesse alguma brisa, vi uma pequena folha lentamente descendo
e finalmente caiu a centímetros de meus pés.
Aí pensei: Como será lindo o
paraíso que Deus tem preparado para os que O amam! As folhas nunca cairão; as
flores nunca murcharão; nunca mais haverá tragédias, mortes ou dor.
O
apóstolo Paulo escreveu em I Coríntios 2:9 “As coisas que o olho não viu, e o ouvido não
ouviu,e não subiram ao coração do homem,são as que Deus preparou para os que o
amam.”
Refresquei-me bebendo água gelada
e pura que descia de uma bica que vinha direto da serra e quando cheguei ao
recanto Rio Cascata, olhei as belas cachoeiras que desciam serpenteando entre
as pedras e nesse recanto não tinha ninguém e aí me lembrei da última vez em
que fui e encontrei um pequeno cachorro abandonado, que estava só pele e osso e
de tanta fome que estava, tentava comer uma sacola plástica.
Naquele momento deixei a
metade do saco de bolachas integrais que carregava, mas ele não tinha forças
nem para comer.
Desta vez, um pouco mais
abaixo, olhei para trás e vi outro cachorro que me seguia, mas não vi nem uma
casa por perto. Chamei-o e reparti os sanduiches que levara para meu lanche.
Após o recanto ferradura,
olhei para o precipício e vi um automóvel caído a uns cinco metros enroscados
em duas grandes árvores. Se não fossem essas, ele estaria muito mais abaixo e
pensei no susto e ferimentos que teriam sofrido seus ocupantes. Adiante vim, a saber, que há muito tempo ele
está naquele local e que não foi acidente e sim uma desova, pois nem pneus
tinha mais.
Quando cheguei ao local onde
houve o deslizamento, encontrei muitos homens e máquina trabalhando e me
surpreendi quando vi um semáforo em plena serra do mar. Ao chegar naquele local
já estava cansado e não via a hora de chegar a São João da Graciosa e de lá
embarcar em um ônibus até Morretes.
Enquanto
me arrastava serra abaixo, passei por outro lugar onde houve deslizamento e olhando
para o alto a uns 200 metros acima, vi a máquina por onde eu passara uns 40
minutos antes, pois ali era extensão do mesmo deslizamento. Na ocasião pensei;
Se eu tivesse descido pelo caminho do deslizamento teria poupado uma boa
caminhada e economizado uma meia hora.
Finalmente quando cheguei ao
recanto mãe catira, após entregar as latinhas e também dois folhetos de
mensagens, perguntei quantos quilômetros ainda faltavam para chegar a São João
da Graciosa e falei para o rapaz do cansaço físico, sendo que ele me informou
que se eu pegasse um trilho no recanto fechadura eu chegaria até ali bem antes
e economizaria uma boa pernada.
Fiquei contente quando soube
que faltavam apenas dois quilômetros.
Mas que dois quilômetros longos foram aqueles!
Durante
este trajeto tirei as melhores fotos no dia, pois outras vezes em que passei
pelo local, houve alguns imprevistos. Ou acabou a bateria do celular, ou o
carregamento das pilhas da câmera, ou estava nublado, etc.
Mas neste, o dia estava
perfeito; dia lindo com um sol deslumbrante, um céu claro sem nuvens e depois
de andar mais de dois quilômetros, passou o rapaz que eu encontrara no recanto
mãe catira, que com uma camionete D20, levava seu sobrinho para um colégio de
Morretes, sendo que para minha alegria, ele parou o carro e me deu carona até a
referida cidade. Ao todo andei uns 20 quilômetros neste dia.
Cheguei
em Morretes às13h30m e após almoçar comprei a passagem de trem e às 15 horas
embarquei para Curitiba, sendo que desta vez a viagem foi esplêndida, pois não
havia uma nuvem no céu.
Nas duas vezes anteriores em
que fui e voltei de trem, ele chegou à ferroviária em nossa capital às 18h15m,
mas desta vez teve que esperar em dois entroncamentos a passagem de dois trens
de cargas com muitos vagões e chegamos às 19h30m, sendo que fui direto para o
colégio e trabalhei das 20h30m até às 22h15m.
CRISTO VEM PREPARA-TE!
ResponderExcluirLUCAS 21:25 e 26 – E haverá sinais no sol e na lua e nas estrelas; e na terra angústia das nações, em perplexidade pelo bramido do mar e das ondas. Homens desmaiando de terror, na expectação das coisas que sobrevirão ao mundo; porquanto as virtudes do céu serão abaladas.
LUCAS 21:11 – E haverá em vários lugares grandes terremotos, e fomes e pestilências; haverá também coisas espantosas, e grandes sinais do céu.
II TIMÓTEO 3:1 a 4 – Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos.
Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te.
MATEUS 24:14 – E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim.
APOCALIPSE 1:7 – “Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até quantos o transpassaram. E todas as tribos da terra se lamentarão sobre Ele.”
ISAÍAS 25:8 e 9 – Tragará a morte para sempre, e, assim, enxugará o Senhor Deus as lágrimas de todos os rostos, e tirará de toda a terra o opróbrio do seu povo, porque o Senhor falou.
Naquele dia, se dirá: Eis que este é o nosso Deus, em quem esperávamos, e Ele nos salvará; este é o Senhor, a quem aguardávamos; na sua salvação exultaremos e nos alegraremos.
APOCALIPSE 6:12 a 17 E, havendo aberto o sexto selo, olhei, e eis que houve um grande tremor de terra; e o sol tornou-se negro como saco de cilício, e a lua tornou-se como sangue;
E as estrelas do céu caíram sobre a terra, como quando a figueira lança de si os seus figos verdes, abalada por um vento forte.
E o céu retirou-se como um livro que se enrola; e todos os montes e ilhas foram removidos dos seus lugares.
E os reis da terra, e os grandes, e os ricos, e os tribunos, e os poderosos, e todo o servo, e todo o livre, se esconderam nas cavernas e nas rochas das montanhas;
E diziam aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós, e escondei-nos do rosto daquele que está assentado sobre o trono, e da ira do Cordeiro;
Porque é vindo o grande dia da sua ira; e quem poderá subsistir.
JOÃO 14:23 – Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar.
E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também.