SERRA DO MAR - Em
uma quarta-feira de junho de 2013, aproveitando a licença prêmio, resolvi fazer
uma caminhada ecológica. Madruguei, fui até a rodoviária velha e às 6h
embarquei no ônibus com destino a Quatro Barras, sendo que quando cheguei às
6h45m, o ônibus que faz o itinerário Circular Ribeirão do Tigre já estava de
saída.
Durante o percurso até Quatro Barras, fiquei um pouco preocupado com o horário, visto que o ônibus ultrapassou um comboio de tanques de guerra com batedores e ambulância e mais adiante quando o ônibus parava em algum ponto para o embarque e desembarque de passageiros, quando o motorista ia entrar no asfalto novamente coincidia do comboio estar passando, atrasando assim a chegada.
Mas deduzi que o ônibus que faz o itinerário Ribeirão do Tigre, sempre aguarda a chegada desse ônibus em que eu estava, pois alguns passageiros que foram de Curitiba embarcaram no mesmo e desceram em uma empresa um pouco adiante.
A princípio pensava em desembarcar em um local onde o ônibus depois de passar pela colônia, entra no asfalto novamente, já voltando para Quatro Barras; pois dali até eu chegar ao Portal da Graciosa daria seis quilômetros, mas conversando com o motorista, esse sugeriu para que eu descesse no que o ônibus deixa a BR 116, pois além do percurso ser menor, não teria o perigo de assaltos, pois por onde eu pretendia ir, seria um trajeto mais perigoso, pois não tem quase casas ou movimento.
Exatamente às 7h10m debaixo de muita cerração, comecei a caminhar no acostamento da BR 116, em direção ao Portal da Graciosa, que fica quatro quilômetros adiante de onde eu estava, sendo que andei rápido, pois até chegar lá passaram por mim muitas carretas em alta velocidade, que além do barulho ensurdecedor, o deslocamento de ar me incomodava, pois ainda estava meio frio.
Durante os quatro quilômetros, passei por uma ponte, onde havia marcas de uma batida e logo abaixo sinal que houve capotamento; vidros quebrados, pequenos pedaços de latas e plásticos automotivos, inclusive uma placa vermelha de caminhão de Joinville SC.
Não sei em que situação, chegou à casa dos familiares, o motorista do caminhão em questão, ou se essa também foi sua última viagem.
Pensei; muitas vezes somos
ingratos, pois acordamos cedo e devido ao corre-corre do dia, nos esquecemos de
agradecer ao Bom Deus pelo sono reparador e pelo amparo durante a noite. Quando
voltamos, não agradecemos por ter nos livrado dos perigos, pelo paternal
cuidado, e pelas vitórias do dia.
Lembrei-me também de uma frase que li em um livro de uma inspirada escritora evangélica: “Enquanto o povo de Israel nas portas de suas tendas reclamavam das providências de Deus, anjos espalhavam o maná para o alimento do dia seguinte.”
Quando comecei a andar pela estrada da graciosa, verifiquei que desde o início até o recanto Mãe Catira, que praticamente é o final da descida, a grama que se estende ao lado da rodovia foi cortada recentemente e junto com o corte, com certeza foi feito o recolhimento de entulhos.
Mas é triste verificar que
em nosso país, ainda existem muitas pessoas que teimam e ignoram os malefícios
de estragar o meio em que vivem, deixando uma herança funesta para e seus
filhos e netos; isso se o mundo durar até lá.
Há
um contraste entre a paisagem bonita e lixos jogados a esmo na rodovia. E não é por falta de avisos e admoestações.
Antes de começar a descida da serra, o ônibus que sai às 8h45m da rodoferroviária e vai até Paranaguá passou por mim e ainda tinha muita cerração, mas estava um dia esplêndido para andar, pois não estava tão calor e só tirei a blusa, quando já estava na metade do percurso.
Na última vez em que fui,
foi em um sábado, dia em que o movimento praticamente triplica, inclusive com o
trânsito de muitas motos e ciclistas, onde se corre o risco até de ser
atropelado.
Durante a descida, averiguei que devido às últimas chuvas, em vários lugares ao lado do asfalto a grama estava úmida e em alguns lugares até com água. Vi também em dois lugares a marca de frenagem de rodas de carros que saíram da rodovia e pararam bem na beira do despenhadeiro.
A maior parte tem muros de proteção, mas nesses dois casos não tinham.
Continuei descendo e
fotografando até que acabou a carga das pilhas que estavam na máquina.
Troquei-as por um par de pilhas recarregáveis que comprei no dia anterior, mas essas duraram bem pouco tempo e novamente fiquei sem registrar o que seriam as melhores fotos, pois só pude comprar outras quando cheguei em São João da Graciosa.
Enquanto descia, fui ajuntando as latinhas de alumínio, para a preservação da flora local e pensei que devido à estação em que estamos e também o corte da grama efetuada recentemente, não acharia quase nada, mas até São João da Graciosa, ajuntei 79 latinhas, as quais vendi em Morretes por R$ 2,50.
Ali pelas 11h30m sentei na
mureta de proteção e sobre a sombra de frondosas árvores descansei, enquanto
chupava umas morgotas tiradas do quintal de casa.
No silêncio do momento vi um lindo beija-flor que sugava a seiva de flores, só que seu trinado era diferente dos da cidade.
Após passar por um recanto, um cachorro começou a me seguir. Dei-lhe a metade de um pão e após comê-lo numa bocada, continuou me seguindo até que lhe dei a outra metade. E depois de várias curvas enxotei-o para que não se perdesse e tive que fazê-lo por mais duas vezes, pois ele persistia em me seguir.
Na descida ouve-se muito o murmúrio das cachoeiras e pequenos regatos que descem a serra, mas é possível ver também rochas desnudas, onde um dia fora um regato.
Em dia de semana, a caminhada é muito proveitosa, pois são poucos automóveis que transitam pela rodovia, a maior parte do percurso, é efetuada em silêncio, só ouvindo os sons da natureza.
Em alguns lugares eu parava e no silêncio absoluto, tentava decifrar o que era o menor ruído. Por vezes ouvia um murmúrio bem pequeno, como se uma torneira estivesse só um pouquinho aberta. Procurava até ver de onde vinha e descobria um pequeno filete de água a gorgolejar, seguindo seu caminho.
Na última vez em que fui, ouvi o estrilado de dezenas de cigarras, mas dessa vez por ser inverno, talvez estivessem batendo em algum formigueiro para pedir comida.
Lembrei-me que dias atrás fiquei até aflito, pois após forçar minha laringe não podia nem falar e tive até que ir a um médico e tomar remédio; então no silencio do momento, gritei várias vezes bem alto, para ouvir o eco e certificar-me que estava completamente restabelecido.
Num desses berros notei que outro cachorro, vindo do lado contrário, chegou até a curva em minha frente e ficou me observando, talvez pensando; “Quem será este louco?” Chamei-o, mas era arisco, pois correu para o lugar de onde viera. Quando cheguei à outra curva, lá estava ele novamente. Chamei-o outra vez, mas ele correu novamente e isto aconteceu por mais umas duas vezes, até que o perdi de vista. Interessante que naquele momento eu não estava perto de algum recanto ou casa.
Chegando à metade da descida, tirei a blusa e comecei a sentir o cansaço. Cada vez que eu amassava uma latinha e me abaixava para ajuntá-la, sentia dores nas costas e pernas.
Quando vinha carro por trás eu não me virava para olhar, só saía do caminho; no entanto ouvi barulho de motor de caminhão e como no princípio da caminhada vi uma placa que é proibido o trânsito dos mesmos, me virei para olhar.
Vi que era um ônibus meio antigo de transportes escolar e o motorista quase que parou, fazendo gestos perguntando se queria uma carona.
Como
demorou a me cair a ficha e fiquei indiferente, ele seguiu seu caminho. Fiquei
brabo comigo mesmo e pensei: “Que mancada!”
Quando
cheguei ao recanto “Mãe Catira”, comprei um grande pastel recheado de palmito e
um refrigerante e comecei a conversar com um senhor que parara de carro e com
sua esposa e talvez a neta, pois ambos já são de idade e a criança é de colo,
também ali faziam seu lanche.
Falei-lhe
que estava andando desde as 7h e caminhara quatro quilômetros pela BR116 e após
descera a graciosa inteirinha, e tinha me cansado.
Ele
me informou que iria até Tagaçaba onde mora, mas não me ofereceu carona, pois
no banco de trás do carro estavam cheio de bugigangas, inclusive com uma
bicicleta presa no para-choque traseiro.
Nesse
recanto vi também vários pássaros pequenos de várias cores vivas, que revoavam
bem perto de onde comíamos.
Vagarosamente
me arrastei mais uns quilômetros até São João da Graciosa, aonde cheguei quase
às 14 horas, sendo que ao todo caminhei 25 quilômetros.
Passei
por uma casa e vi aquele ônibus que passara por mim parado. Fui até o mercado
comprar pilhas e notei que o motorista do ônibus entrara nele e tinha ligado o
motor. Apressadamente voltei até ele e lhe agradeci por ter oferecido a carona.
Como ele iria até Morretes, peguei carona com ele, sendo que desci em Porto de
Cima para tirar umas fotos do Conjunto do Marumbi.
Fiquei
só uns dez minutos em Porto de Cima, tempo suficiente para tirar umas fotos e
pegar o ônibus das 14 horas para Morretes, sendo que pretendia voltar para
Curitiba no ônibus das 16h via Estrada da Graciosa.
No
que cheguei, passei pela estação ferroviária e vi muita gente ali, sendo que
após verifiquei que às 15h sairia um trem de passageiros para Curitiba e a
previsão de chegada era 18 horas.
Interessante
que havia vários estudantes do Colégio Estadual Elias Abrahão de Quatro Barras,
colégio onde vendi caça palavras e cruzadas educativas e eles voltavam da
excursão e viajavam em vagões convencionais, sendo que haviam pago menos dos
R$ 46,00 que eu paguei no bilhete da classe econômica, haja visto que nas
quartas feiras, para moradores de Curitiba e Região Metropolitana, na compra de
passagens tem um desconto de 40%.
Tentei
conseguir o desconto, mas não tinha levado comprovante de residência, então
momentaneamente eu era o único passageiro da classe econômica.
Entrei
no vagão e tinha 64 poltronas livres para escolher, mas me sentei na única
poltrona do lado direito que estava de frente, pois todas as outras estavam
viradas para trás, pois eram fixas e o vagão estava do mesmo jeito de quando
desceu a serra.
Achei
que o vagão era só meu, mas antes do trem partir, entrou um casal de jovens que
foram até o Marumbi e mais dois senhores que vieram até Curitiba.
Durante
a viagem de regresso visualizei e fotografei muitas das belezas que ainda
restam na nossa mata atlântica, mas notei também que há um descaso por parte da
empresa responsável pelos transportes, quanto ao aparo das vegetações do
trajeto. Se o passageiro sem olhar coloca a cabeça para fora é perigoso até
bater com o rosto em alguma vegetação, podendo até se machucar.
Com
o preço exorbitante que é cobrado nas passagens, poderiam até restaurar algumas
estações que estão destruídas, pois afinal fazem parte de nossa história.
Inclusive
em um entroncamento, notei as marcas de riscos oriundos de raspagem em galhos em todos os vagões de um trem que
estava parado.
Vi
também latas e garrafas de plásticos jogadas na ferrovia.
Ás
18 horas e 15 minutos quando já escurecia, chegamos em segurança na nossa
capital.
CRISTO VEM PREPARA-TE!
ResponderExcluirLUCAS 21:25 e 26 – E haverá sinais no sol e na lua e nas estrelas; e na terra angústia das nações, em perplexidade pelo bramido do mar e das ondas. Homens desmaiando de terror, na expectação das coisas que sobrevirão ao mundo; porquanto as virtudes do céu serão abaladas.
LUCAS 21:11 – E haverá em vários lugares grandes terremotos, e fomes e pestilências; haverá também coisas espantosas, e grandes sinais do céu.
II TIMÓTEO 3:1 a 4 – Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos.
Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te.
MATEUS 24:14 – E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim.
APOCALIPSE 1:7 – “Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até quantos o transpassaram. E todas as tribos da terra se lamentarão sobre Ele.”
ISAÍAS 25:8 e 9 – Tragará a morte para sempre, e, assim, enxugará o Senhor Deus as lágrimas de todos os rostos, e tirará de toda a terra o opróbrio do seu povo, porque o Senhor falou.
Naquele dia, se dirá: Eis que este é o nosso Deus, em quem esperávamos, e Ele nos salvará; este é o Senhor, a quem aguardávamos; na sua salvação exultaremos e nos alegraremos.
APOCALIPSE 6:12 a 17 E, havendo aberto o sexto selo, olhei, e eis que houve um grande tremor de terra; e o sol tornou-se negro como saco de cilício, e a lua tornou-se como sangue;
E as estrelas do céu caíram sobre a terra, como quando a figueira lança de si os seus figos verdes, abalada por um vento forte.
E o céu retirou-se como um livro que se enrola; e todos os montes e ilhas foram removidos dos seus lugares.
E os reis da terra, e os grandes, e os ricos, e os tribunos, e os poderosos, e todo o servo, e todo o livre, se esconderam nas cavernas e nas rochas das montanhas;
E diziam aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós, e escondei-nos do rosto daquele que está assentado sobre o trono, e da ira do Cordeiro;
Porque é vindo o grande dia da sua ira; e quem poderá subsistir.
JOÃO 14:23 – Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar.
E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também.