Quando cheguei meu irmão disse que naquele dia ele
não sairia cedo, então eu estava livre, para fazer outras atividades e como
gosto de andar e o dia estava convidativo, resolvi ir até Guajuvira fazer uma
caminhada ecológica.
Peguei duas sacolas com algumas frutas, um pequeno
pacote de bolacha, uma garrafa com um pouco de suco e fui até o Capão Raso,
onde embarquei no ônibus para Araucária, sendo que após embarquei no outro que
vai até Contenda e no entroncamento para
Guajuvira, às 10h10m comecei a caminhada.
Nas duas vezes em que fiz este mesmo trajeto,
conforme é descrito na página 154; na primeira ajuntei 51 latinhas jogadas no
meio ambiente e duas semanas após ajuntei mais 45, então parei em uma
residência bem no início da rodovia e solicitei uma sacola grande e a senhora
me deu um grande saco plástico, para acondicionar as latinhas que encontraria
pelo caminho.
À medida que fui caminhando, fui desfrutando as
belezas do lugar, pois é uma rodovia de bem pouco movimento, então a maior
parte da caminhada é efetuada em silêncio e vi várias plantações,
principalmente de repolhos, batatas e feijões. Vi também algumas onde fora
plantado milho e que já fora colhido.
Nisto ouvi ao longe o barulho de um trator e vi que
um agricultor solitário com sua máquina preparava o solo para a próxima safra e
pensei; Como
Deus é bom, após o dilúvio por amor a humanidade, Ele colocou no céu o
arco-íris, com a promessa que o mundo nunca mais seria destruído pelas águas e
instituiu as estações do ano, conforme é descrito em Gênesis 8:22 “Enquanto a terra durar, sementeira e sega,
e frio e calor, e verão e inverno, e dia e noite, não cessarão.”
Ele nos sustenta; envia a chuva, envia o sol e
muitas vezes não O agradecemos, ao invés disso muitos agradecem aos ídolos
feitos de pau e pedra, ídolos feitos pelas mãos de homens.
Exatamente às 11 horas um cachorro cor caramelo
começou a me seguir. A princípio nem dei bola, mas à medida que me distanciava
tentei enxotá-lo para que voltasse para sua casa, mas não adiantou, pois continuou
me acompanhando. Às vezes corria na frente às vezes vinha ao lado, mas era bem
tratado e esperto, pois quando ouvia barulho de algum automóvel, ele saía da
rua.
Lembrei-me da história de Robinson Crusoé que deu o
nome de sexta-feira para o índio que se tornou seu companheiro por tê-lo
encontrado nesse dia, e dei o nome no cachorro de onze horas, pois foi este o
horário em que ele apareceu.
Joguei algumas bolachas para ele, mas ignorou
completamente e com a língua de fora continuou me acompanhando. Passei em um
lugar onde vi um pote de margarina cheia de água da chuva, chamei-o e ele secou
o pote, sendo que ao passar em frente de outra chácara sem as cercas um
cachorro maior avançou nele e machucou uma das patas dianteiras, pois
momentaneamente ele começou a correr com uma das patas levantadas, mas um pouco
mais adiante voltou ao normal.
Ao passar por mais duas casas vários
cachorros avançaram em onze horas, mas achei na obrigação de defendê-lo, assim
atropelei os cachorros, sendo que perguntei para um senhor que andava de
bicicleta e também em duas casas se o conheciam, mas a resposta foi negativa.
Finalmente às 12h40m cheguei a Guajuvira,
sendo que depois de obter as informações necessárias, fui até o ponto do ônibus
e às 13hs embarquei no ônibus que faz a linha Formigueiro, pois este transita
por ruas estreitas por várias colônias, onde vi muitas plantações que abastecem
Curitiba e região.
Antes de embarcar reparti as bolachas com
onze horas que comeu deitado, pelo esforço que fizera e com outro cachorro
pequeno que apareceu no momento para dividir o lanche.
Bom senso, porque no princípio da história,
citei que nas duas caminhadas anteriores, ajuntei ao todo 96 latinhas e nesta
vez achei apenas seis.
Ou os transeuntes estão respeitando mais o
meio ambiente, ou foi realizada uma limpeza recente, mas é um passeio
encantador.
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