Guaraqueçaba outra vez- História

Em uma segunda feira de janeiro de 2014, enquanto eu gozava férias, cheguei às 8 horas e 30 minutos em Borda do Campo e enquanto vendia Dvds de Desenhos Bíblicos, recebi um telefonema de meu irmão, informando que naquela tarde seu colega taxista pretendia ir até Morretes para tomar um banho no rio e me convidou para ir junto.

Falei-lhe que lá pelo meio dia voltaria para casa e iria junto com eles, mas pedi-lhe que levasse um calção  e em seguida liguei novamente e falei-lhe que quando eles viessem esperaria eles na rodoviária de Quatro Barras, visto que era o caminho por onde viriam.

Mas como até o horário marcado não entraram em contato, embarquei no ônibus para Curitiba e quando esse já estava em trânsito, recebi a ligação do meu irmão informando que já estavam saindo de casa.  

Desembarquei do ônibus e falei que iria esperá-los em um posto Ipiranga e que tinha uma retro escavadeira na entrada, enquanto isso comprei um lanche e fui esperá-los na beira da rodovia.

Esperei por um bom tempo para que aparecessem, visto que entraram em dois postos que por coincidência também tinham uma retro escavadeira na entrada e me procuraram sem sucesso.

Descemos a graciosa novamente e quando chegamos em Porto de Cima, vimos que tinha muitos banhistas e o nível do rio estava um pouco abaixo do normal, então por sugestão de meu irmão seguimos mais adiante, onde ele pretendia passar em uma chácara de um conhecido por onde passava o rio.

Quando passamos por Morretes, apontei para uma rua e disse que quando fôssemos até Guaraqueçaba, teríamos que passar por ela, sendo que isto foi o suficiente para atiçar os dois companheiros, visto que meu irmão nunca tinha ido até lá e era seu sonho conhecer o local  e o Carlos também tinha vontade de ir até lá, visto que já fazia muitos anos que tinha estado no local.

O Carlos olhou o nível de combustível e sabendo da distância, disse que teríamos que colocar álcool, visto que só o GNT não daria para ir até o local e voltarmos e como já tínhamos passado por Morretes, procuramos algum posto pelo caminho e até chegarmos à PR 405 que é o começo da estrada de saibro onde teríamos que percorrer 77 quilômetros de ida e mais 77 de volta, não encontramos nenhum e assim torcemos para que o combustível não acabasse até chegarmos no povoado.

Paramos em Tagaçaba, onde compramos um cacho de bananas e refrigerantes, sendo que após paramos no mirante da serra negra, onde apreciamos a bela paisagem da baia e também do povoado, aonde chegamos às 19 horas e fomos direto ao posto para abastecermos, antes que ele fechasse.

Comemos em uma lanchonete bem aconchegante, onde estavam expostas fotos históricas e também tinha como ornamentação muitas coisas antigas tais como; máquinas de escrever, de somar, máquina de costura e também panelas de barros e muitas outras coisas feitas na região.

Exatamente às 21 horas resolvemos voltar e mesmo transitando pela estrada de saibro em meio a serra do mar, ouvíamos o cantar de grilos e sentíamos no frescor da noite o perfume das flores e das matas.

Passamos por São João da Graciosa quando já passava do meio da noite e no lugar onde sempre compramos pastéis já estava fechado, então seguimos viagem e como o cansaço começou a bater, paramos em um recanto na estrada da graciosa e foram momentos incríveis.

Sentimos o frescor da madrugada, ouvimos o cantar dos grilos e também o gorgolejar de pequenos filetes de água que seguiam seu caminho durante a escuridão.

À beira da estrada vimos centenas de pirilampos, sendo que alguns revoavam, mas a maioria deles estava imóvel na grama úmida, sendo que parecia que estávamos na beira de um lago, onde os pirilampos mais pareciam o reflexo das estrelas que brilhavam no céu.

Nessa parada o motorista lavou bem o rosto e revigorou-se um pouco e seguimos viagem, chegando às 2h30min em minha casa.