Como sempre, levei pouco dinheiro e após pagar a passagem e com o que restou, comprei um pão com manteiga e um copo de leite.
Nas primeiras ofertas, fui informado que no dia anterior havia passado uma equipe de Registro SP vendendo os mesmos produtos a um preço bem inferior, pois vieram direto da fábrica.
Pensei comigo mesmo: “Estou lascado” - Aí vi uma rua grande e ensaibrada, sem casas à esquerda e perguntei: -“Se eu for para este lado, onde irei sair?” A pessoa respondeu: - “Depende do lugar em que você queira ir... se você quiser, nesta estrada você poderá ir até Rio Branco do Sul.” - Aí perguntei: “Quantos quilômetros dá até Rio Branco?” – Ele respondeu: “Uns 25 quilômetros”.
Comecei a andar naquela direção e a oferecer os produtos nas chácaras que eram longe uma da outra. Na hora do almoço, já tinha vendido alguns tapetes e estava com fome. Só que não tinha armazéns próximos. Geralmente meu lanche no almoço era uma gasosa e pão com sardinha ou salsicha.
Em uma parte do caminho a estrada em que eu estava terminou e a continuação era por um carreiro que atravessava uma chácara. Nessa tinha uma plantação de tomates, onde muitos estavam em processo de maturação. Mas adiante, uma moça deu-me uns cachos de uvas que também estavam no mesmo processo e essa foi minha refeição naquele dia.
Lá pelas 15h30m, pensei: “Está na hora de voltar, pois naquela ocasião o último ônibus que saía de Bocaiúva para Curitiba era às 16 horas”.
Só
havia um pequeno problema: Eu já havia me distanciado seis
quilômetros da cidade.
Levei sorte naquele dia, pois uma Kombi da Prefeitura estava levando o pessoal da zona rural para o centro do município para tomar vacinas. Eu consegui carona, dando tempo de pegar ônibus.
SÓ NOS TAPETES – A CARONA- Em outra ocasião fui novamente para o
mesmo local. Peguei a mesma estrada e comecei a vender meus produtos.
Só que dessa vez era inverno e chegando na hora do almoço, olhando as árvores que me rodeavam sem frutos ou folhas, pensei: Deveria ter trazido alguma coisa para comer, mas continuei no meu caminho.
Lá pelas 14 horas, cheguei a uma chácara onde tinha dois caquizeiros sem folhas, mas estavam carregados com frutos bem maduros, inclusive muitos bicados pelos pássaros. Pedi permissão para o dono e ali “tirei a barriga da miséria”.
Naquele dia as vendas foram boas; em uma casa vendi os últimos nove pares de tapetes para uma senhora que disse; que seria para o enxoval das filhas!
Fiquei tão entusiasmado com essa venda, que me esqueci até do horário. Nessa ocasião já tinha me distanciado oito quilômetros da cidade.
Era impossível correr tal distância a tempo de embarcar no último ônibus, pois faltavam apenas uns 45 minutos.
Ficando a par da situação, a senhora indicou-me outro caminho para pegar o ônibus de Capivari que ia até Colombo no mesmo horário e também era mais perto..., apenas seis quilômetros.
Capivari eu conhecia, pois na primeira visita àquele local simpatizei-me por uma menina descendente de italianos, de cabelos e olhos bem escuros de 14 anos... (Nessa época eu tinha quase 16); então volta e meia dava um jeito de passar por aquele local.
Só que no caminho indicado, teria que passar por um bosque e enquanto corria, escutei barulho de pisadas nas folhas secas e parei pensando; - “alguém notou que eu vendi os tapetes e está-me seguindo para roubar”.
Parei e o barulho também cessou. Comecei a andar devagar na direção de aonde viera o ruído e para minha surpresa, uma leitoa e vários porquinhos saíram em disparada pelas folhas afora.
Continuei na corrida desenfreada até que cheguei a
um lugar onde a pequena estrada dividia-se em três ramificações. Peguei
a da direita que estava mais na direção de Capivari, mas após chegar a uma
pequena colina, esta fazia uma curva mais acentuada para a direita.
Voltei correndo e peguei a do meio, e quando estava a uns 200 metros para chegar à ponte sobre o rio, onde tinha um ponto de ônibus, ouvi o barulho dele que passava.
A solução foi virar à esquerda e ir até Capivari, para após subir à Estrada da Ribeira e tentar uma carona.
Chegando em Capivari só com a corda que amarrava os tapetes, vi a “ragazza” na parte de fora de sua casa, raspando a tinta para uma nova pintura e perguntei-lhe se queria comprar tapetes.
Ela rindo respondeu: - “Como comprar se você não tem nada?”
Eu expliquei minha situação e depois de conversarmos um pouco, sua mãe gentilmente me deu umas maçãs do quintal e eu subi em direção à rodovia que naquele tempo não era asfaltada para tentar uma carona.
Na rodovia comecei a andar em direção a Bocaiúva do Sul e pedia carona tanto para os carros que iam como para os que vinham. Pensei: “Se não conseguir uma carona ao anoitecer estarei na cidade.”
Decorrido alguns minutos, parou um opala que se dirigia para São Paulo e deu-me carona até a cidade, sendo que no que parou em um posto de combustível peguei carona em uma Kombi que transportava botijões de gás. No banco dianteiro vieram três rapazes e eu sentei-me em cima dos botijões de gás.
Na outra visita à Capivari, comentado o incidente com a mocinha, essa disse que ficou preocupada comigo. Aí “na lata” perguntei-lhe: - “Você gosta de mim?” - Ela envergonhada respondeu: - “Eu gosto como amigo... apenas me simpatizei contigo, mas nada mais”.
Aquela pergunta irrefletida, insensata e fora de hora, deixou-me envergonhado por um bom tempo.
Em outra ocasião fui vender tapetes em Mandassaia, Campina Grande do Sul. Naquele tempo só tinha chácaras e comecei a andar por uma estradinha cheia de curvas que subia para o meio do mato. Só que não achei casa nenhuma. Até que ouvi som de machadadas e segui até o local, onde encontrei dois lenhadores que me informaram que aquela não era estrada e sim picadas no meio do mato e que eu não chegaria a lugar nenhum.
Tive
que voltar e como estava muito calor, deixei os tapetes no barranco e tomei
banho no rio Capivari.
Comecei a oferecer meus produtos e só quando começava a ficar tarde que me preocupei em saber sobre o horário de ônibus para voltar. Informaram-me que só teria no outro dia cedo, pois o último já saíra às 16 horas de Campina Grande.
Informaram-me que se corresse, talvez conseguisse
carona com um caminhão, que naquele dia fora buscar uvas em uma chácara da
região. Corri como um doido e consegui chegar quando o caminhão já estava
carregado e prestes a sair.
Tive uma sorte tremenda, senão teria que andar muitos quilômetros a pé no escuro.
CRISTO VEM PREPARA-TE!
ResponderExcluirLUCAS 21:25 e 26 – E haverá sinais no sol e na lua e nas estrelas; e na terra angústia das nações, em perplexidade pelo bramido do mar e das ondas. Homens desmaiando de terror, na expectação das coisas que sobrevirão ao mundo; porquanto as virtudes do céu serão abaladas.
LUCAS 21:11 – E haverá em vários lugares grandes terremotos, e fomes e pestilências; haverá também coisas espantosas, e grandes sinais do céu.
II TIMÓTEO 3:1 a 4 – Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos.
Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te.
MATEUS 24:14 – E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim.
APOCALIPSE 1:7 – “Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até quantos o transpassaram. E todas as tribos da terra se lamentarão sobre Ele.”
ISAÍAS 25:8 e 9 – Tragará a morte para sempre, e, assim, enxugará o Senhor Deus as lágrimas de todos os rostos, e tirará de toda a terra o opróbrio do seu povo, porque o Senhor falou.
Naquele dia, se dirá: Eis que este é o nosso Deus, em quem esperávamos, e Ele nos salvará; este é o Senhor, a quem aguardávamos; na sua salvação exultaremos e nos alegraremos.
APOCALIPSE 6:12 a 17 E, havendo aberto o sexto selo, olhei, e eis que houve um grande tremor de terra; e o sol tornou-se negro como saco de cilício, e a lua tornou-se como sangue;
E as estrelas do céu caíram sobre a terra, como quando a figueira lança de si os seus figos verdes, abalada por um vento forte.
E o céu retirou-se como um livro que se enrola; e todos os montes e ilhas foram removidos dos seus lugares.
E os reis da terra, e os grandes, e os ricos, e os tribunos, e os poderosos, e todo o servo, e todo o livre, se esconderam nas cavernas e nas rochas das montanhas;
E diziam aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós, e escondei-nos do rosto daquele que está assentado sobre o trono, e da ira do Cordeiro;
Porque é vindo o grande dia da sua ira; e quem poderá subsistir.
JOÃO 14:23 – Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar.
E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também.