Ela propôs para a
equipe, que aceitaram e ficaram entusiasmadas.
Na data aprazada, embarcamos às 7 horas no ônibus que ia para Antonina e descemos bem no início da Estrada da Graciosa e a pé começamos a descida da serra.
O tempo estava nublado, e a descida foi debaixo de cerração. Descemos em 14 pessoas, sendo só eu de homem. Após várias curvas, para direita e esquerda e vice-versa, chegamos cansados na hora do almoço no Recanto Mãe Catira.
Eu e umas três professoras entramos na água gelada do rio, enquanto as outras descansavam e saboreavam seus lanches.
Após o almoço, começamos a andar novamente em direção a Porto de Cima, quando começou a chover. Uma das professoras usou como sombrinha duas folhas de bananeira, mas essas pouco adiantaram, pois a chuva ficou mais forte e já havia molhado à todos.
Já cansadas, muitas vezes perguntavam: - “Valdir está longe ainda?” - Eu respondia: “É logo ali depois daquela curva!”
Quando chegava à dita curva, a estrada prosseguia em outra longa reta até outra curva, sempre serpenteando paralela ao rio.
Depois de muitas retas e curvas, finalmente chegamos a Porto de Cima. Ali a diretora e mais três professoras, esperaram para voltar para Curitiba no ônibus das 16 horas.
Eu e nove professoras enfrentamos a lama, o frio e subimos o morro até a estação de Porto de Cima, para voltarmos à Curitiba de trem. (Naquele tempo, o trem de passageiros diariamente descia a serra de manhã e voltava à tarde para a capital.)
No caminho tivemos que atravessar um cercado onde pastavam vários bois zebus, e grande parte das professoras ficaram com medo.
Já na estação, uma professora descansava deitada em um banco, quando peguei um capacete vermelho que estava pendurado em um prego e em voz grossa informei-a que não teria trem naquele dia, como se fosse um operário da rede.
Chegando de trem em Curitiba dividimos a equipe em dois táxis, sendo que cada uma foi levada até sua casa.
Mesmo sendo uma corrida longa, alguns taxistas recusaram, pois estávamos todos sujos de barro.
No dia seguinte quase todas não andavam; “se arrastavam pelos corredores da escola”, mas valeu à pena, pois foi um passeio inesquecível.
Fomos em três ônibus lotados e a diretora e professoras, ficaram quase loucas para cuidar de tantas crianças na beira do rio, pois com o forte calor, queriam entrar na água a qualquer custo.
Ao começar descer à graciosa, paramos em um recanto e eu mostrei para uma professora e algumas crianças uma enorme cobra que deslizava entre as folhas.
Tanto na ida, como na volta, tudo correu bem e creio que esse passeio ficou marcado na mente de todas as crianças que participaram dele.
Em outra ocasião,
foram alunos das escolas adventistas de várias cidades de trem até Paranaguá.
Naquele dia o trem com quinze vagões foi fretado somente para a turma do
colégio.
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