sábado, 5 de julho de 2014

Nem todo dia é dia de festa - História

Na noite do dia 27/05/2013, verifiquei em dois sites na internet a previsão do tempo para o dia seguinte para Curitiba e Ponta Grossa, sendo que nos dois previam sol pela manhã, sol com pancadas de chuva à tarde e chuvas à noite.

Acordei bem cedo e às 4h50m já estava no ponto do Interbairros III, pois não sabia a hora que iria passar o primeiro ônibus para o Capão Raso, pois pretendia pegar o ônibus das 6h para Ponta Grossa para vender caça-palavras, pois só naquela cidade têm uns 10 colégios estaduais.

Tinha certeza que venderia alguns, pois só em Campo Largo, vendi cinco em apenas um dia, e levando em consideração que tanto na capital, como nas cidades adjacentes vendi muito bem, principalmente em colégios estaduais, assim fui só com o dinheiro de ida.
Normalmente quando ando bastante no dia vou de sapatenis, mas dessa vez, como o tempo estava fechado, fui de sapatos e quando faltavam apenas três minutos para as seis, desci do biarticulado e corri até o guichê para comprar a passagem, mas o ônibus acabara de sair. Em consequência dessa corrida de uns 300 metros sem aquecimento, senti uma fisgada na panturrilha da minha perna esquerda, sendo que manquei o dia inteiro.

Comprei passagem para as 7h e enquanto esperava, contrariando a previsão do tempo, começou a chover e essa continuou o dia inteiro.

Como o ônibus se dirigia para Telêmaco Borba e não passava pelo centro de Ponta Grossa, desci em um ponto meio distante do centro e mancando me dirigi até ao colégio estadual mais próximo, sendo que nesse o diretor não estava e a pedagoga, nem quis olhar o produto.

Como estava chovendo, pensava em comprar um guarda-chuva, mas como possuía apenas R$ 10,00 no bolso, guardei-o para uma necessidade mais urgente e continuei a caminhar na chuva.

A pé me dirigi para outro colégio particular, mas nesse a direção atendia só com hora marcada; andei mais umas cinco quadras e cheguei a outro colégio, mas nesse tive que aguardar a diretora a servir o lanche para alunos das primeiras séries do ensino fundamental e também alunos especiais, mas também nem olhou, pois disse que não tinha dinheiro.

Ainda na chuva, andei mais umas dez quadras e cheguei a outro colégio grande, que era o Instituto de Educação e pensei que ali “tiraria a barriga da miséria”. Como o diretor estava ocupado, mostrei para duas pedagogas e elas gostaram do material, mas afirmaram que somente o diretor poderia comprá-lo e apesar dele estar de saída me atendeu, mas não adquiriu e disse que na próxima semana teria reunião com a APMF e para que eu passasse após para ver se ele ficaria.

Já molhado e meio chateado, pois o mar não estava para peixe, peguei o ônibus até o terminal e lá embarquei em outro, que conforme me informaram, passaria pelo colégio adventista, pois lá tinha esperança de vender.

Chegando lá, a diretora estava em reunião com a turma da administração do colégio, que é sediada em Curitiba.

Como ainda era 11h20m, apurei o passo e me dirigi até outro colégio estadual que distava umas cinco quadras do local.

Conforme informações da secretaria, em virtude do falecimento do marido de uma professora, o diretor e as pedagogas não estavam e à tarde o diretor não estaria novamente, pois teria jogo e ele é também o professor de educação física.

Corri até outro colégio e falei rapidamente com a diretora e essa me pediu que passasse à tarde, que ela queria dar uma olhada melhor.  

Como já passava do meio-dia, me preocupei em arrumar dinheiro para voltar para Curitiba, pois até ali não tinha vendido nada e estava com menos de R$ 10,00 no bolso, pois pagara R$ 2,60 de passagem até o centro.

A chuva e o frio não davam trégua, assim seria difícil eu dormir debaixo da ponte (rsrsrsrs)
Lá pelas 13 horas, para economizar fui almoçar no restaurante popular, ficando meu bolso desfalcado em mais R$ 1,00.

Após passei por um colégio de freiras e também não se interessaram.

Voltei no colégio estadual em que a diretora pediu para que eu passasse no período da tarde e enquanto eu aguardava ela voltar das salas, chegou um senhor representante do museu da cidade, que tinha agendado uma reunião com ela e o rapaz da secretaria me disse que essa iria demorar um pouco e depois ela me atenderia.

Informei-o que já não poderia esperar mais e assim desisti de vender caça-palavras naquele dia.

Ainda fiz a última tentativa oferecendo em um colégio municipal que se localiza no mesmo prédio, sendo que nesse a diretora Andréia me atendeu muito bem, gostou do produto e só não ficou pela falta de dinheiro, pois me disse que entra muito pouco dinheiro na APMF.

Em consideração ao atendimento, anotei o email do colégio e lhe prometi enviar os caças-palavras gratuitamente via internet.

Ela comprou um DVD de histórias bíblicas e foi com esse valor e com a venda de mais sete é que consegui dinheiro para voltar para casa.

Às 15h15m embarquei no ônibus para a capital, chegando em minha casa apenas às 18h30m. Cheguei cansado e sem dinheiro, mas graças a Deus cheguei bem, sendo que o tempo estava tão fechado que à tarde já parecia noite e a viagem da volta foi feito debaixo de muita chuva.

Nenhum comentário:

Postar um comentário