sábado, 5 de julho de 2014

Maravilhas - Quatro Barras - História

 No caminho de Capivari até Colombo, enquanto eu  caminhava pela estrada beirando o rio de mesmo nome, ouvindo apenas o gorjeio dos pássaros e o murmúrio das águas que serpenteavam entre as pedras, eu vi incrustados entre a lama vários lírios que silenciosamente exalavam seu perfume e demonstravam seu esplendor.

Naquela ocasião pensei; - Como Deus é bom; todo dia nos presenteia com coisas maravilhosas e muitas vezes não O agradecemos. Absortos em nossos afazeres muitas vezes nem notamos! 

Mesmo em casa as flores nascem, desabrocham, exalam seu perfume e finalmente morrem sem que nos apercebamos.

Muitas vezes Deus nos presenteia com um lindo por de sol e nós não levantamos a cabeça para apreciar e Lhe agradecer.

Geralmente, estamos de cabeça baixa pensando em nossos afazeres e como resolver inúmeros problemas e nos esquecemos dAquele que está pronto a nos ajudar.

Jesus mesmo falou no Sermão da Montanha; “Olhai para os lírios do campo, como eles crescem: não trabalham nem fiam; e Eu vos digo que nem mesmo Salomão, se vestiu  como qualquer deles”.
Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, não vos vestirá muito mais a vós, homens de pouca fé?
Não andeis, pois inquietos, dizendo: Que comeremos ou que beberemos ou com o que vestiremos?
De certo vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas estas coisas;
Mas buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.”

Ainda naquele caminho ao colocar um folheto em uma caixa de correio de uma velha residência de madeira, assustei-me quando daquela caixa saiu um passarinho que fez ali o seu ninho e provavelmente estava chocando.
QUATRO BARRAS – Em um final de semana, resolvi ir até a cidade citada e deslocar-me a pé até o Portal da Graciosa que dá uns 20 quilômetros.
Como resolvi de madrugada, fui até o varal pegar o tênis, mas tanto esse como os dois pares de sapatenis ainda estavam molhados, visto que e os tinha lavado no dia anterior.  Peguei um já bem velho que já era para estar aposentado há muito tempo e fui para o ponto de ônibus, quando as estrelas ainda brilhavam no céu.
 
Quando já estava no centro da cidade, olhei mais detalhadamente nos tênis e estes tinham refrigeração extra ao lado, pois estava aparecendo tanto o minguinho direito e um pouco menos o esquerdo.  Inclusive o tênis esquerdo também não tinha a palmilha.

Em Quatro Barras tomei informações e soube que no trajeto em que pretendia ir, durante a semana circula o ônibus Tigre, sendo que seu itinerário é bem cedo, na hora do almoço e outro à tarde.  Então resolvi adiar para a outra semana, porque não valeria à pena andar 20 quilômetros e depois de cansado não ter ônibus para voltar. Assim resolvi vir a pé de Quatro Barras até o bairro Atuba pela Estrada da Graciosa e no caminho colocar folhetos de saúde e motivação nas caixas de correio.

A princípio tudo correu normalmente, só que na referida estrada o caminho não foi tão legal como nas outras caminhadas, pois apesar de passar por alguns cenários bonitos, a circulação de carros é intensa então a poluição sonora não dá a tranquilidade necessária para os ouvidos.

Caminhei uns oito quilômetros e o minguinho direito começou a reclamar, pois devido ao calor, não coloquei meias e assim ele teimava em querer sair para fora; ou para espiar a paisagem ou levou muito a sério aquele refrão: “Antes só do que mau acompanhado.”

Caminhando, vi à direita uma linda chácara que além das belezas naturais, seu dono pintou ou mandou pintar lindas paisagens nos muros próximos ao portão e também no portão, pintou um barco em um oceano com os seguintes dizeres: “O homem que navega com Deus irá chegar a um Porto Seguro.”

Logo após, visualizei à esquerda um lugar muito lindo e bem cuidado. Ao chegar perto, vi que era o cemitério Parque Memorial Graciosa.

Entreguei um folheto para o senhor que estava cuidando e pedi permissão para dar uma olhada no interior do cemitério.

No silêncio, comecei a caminhar pela grama bem verdinha entre as lápides e vi algumas em que o sepultamento fora efetuado recentemente, pois ainda tinha terra junto com a grama e também coroas de flores com dedicatórias. Assim refleti sobre a fragilidade da vida humana.  Somos pó e voltaremos ao pó.

O sábio Salomão inspirado escreveu em Eclesiastes 7:2 – “Melhor é ir à casa onde há luto do que ir à casa onde há banquete, porque ali se vê o fim de todos os homens; e os vivos se aplicam ao seu coração.”

Em Eclesiastes 9:5 e 6 ele escreveu: “Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem cousa nenhuma, nem tão pouco eles tem têm jamais recompensa, mas a sua memória ficou entregue ao esquecimento. Até o seu amor, o seu ódio, e a sua inveja já pereceram, e já não têm parte alguma neste século, em cousa alguma do que se faz debaixo do sol.” 

E no verso 10 do mesmo capítulo ele aconselha: - “Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque na sepultura, para onde vais , não há obra, nem indústria, nem ciência, nem sabedoria alguma.”

Às 10h30m ao passar por um ponto de ônibus, vi algumas pessoas e logo em seguida vi que estava chegando um, assim embarquei nele e voltei para casa.








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