sábado, 5 de julho de 2014

Apenas um pequeno trinco - História

Em uma quarta-feira, dia em que eu entrego leite no colégio em que trabalho, aconteceu um pequeno imprevisto que gerou transtornos não só para mim, como também para alguns funcionários e vizinhos, que moram nos arredores do colégio; tudo por causa de um pequeno trinco.  

Às 6 h quando cheguei, outras três funcionárias que haviam chegado antes me explicaram que não podiam entrar, visto que na noite anterior a pessoa que fechou o colégio tinha  travado a porta por dentro com um pequeno trinco. Essa porta dá acesso ao interior do colégio e tanto para desligar o alarme, como pegar o outro chaveiro que contém as chaves que abrem as demais portas, deveriam passar por essa que estava trancada por dentro.

Quando abri a primeira porta, o alarme disparou e por fora não tinha como desligá-lo, a não ser com o controle remoto que geralmente fica com a caseira.  Como essa estava de férias, acordei o filho dela para que desligasse e me emprestasse outras chaves para tentar entrar por outra porta.

O controle não funcionou e para alegria da vizinhança, em alto e bom som o alarme continuou seu trabalho, tão eficiente como se precisasse mostrar serviços para ganhar aumento de salário.

Em posse da chave que abre a porta lateral por onde entram os professores, eu rodeei e pulei o muro do colégio.  Só que ao abri-la, notei que também a tinham travado por dentro com um grande cadeado. 

Nesse intervalo, uma funcionária tinha telefonado para a diretora que por sua vez telefonou para a vice, para que essa fosse até a casa da senhora que tinha fechado o colégio e pegasse o molho de chaves, ao mesmo tempo em que também ligou para a irmã  da caseira solicitando para que eu forçasse  a porta, pois era apenas um pequeno trinco.

Até que tentei, mas como a porta abre para fora e o trinco era para dentro,  sem um pé de cabra ou um suporte de ferro eu não consegui arrombá-la.

Durante essa correria, vieram algumas mães buscar leite e o alarme dava apenas uma pequena pausa e recomeçava tudo novamente, até que chegou a vice-diretora que já tinha ido até a casa da senhora que fechou o colégio e trouxe o molho de chaves.
 
Em razão da senhora ter fechado o colégio e ter saído por outra porta e portão que habitualmente não são utilizados, tive que rodear e pular o muro novamente, para entrar no colégio e finalmente desligar o alarme.

Isso tudo por causa de um pequeno trinco que só era possível abrir por dentro.

Este relato faz-nos refletir sobre nossa vida cristã.  Cristo está fora batendo na porta de nosso coração.  Ele não força a entrada, Ele nos dá livre arbítrio; só entra se consentirmos, pois o trinco está na parte de dentro.

Muitas vezes estamos tão preocupados e absortos em outras atividades que a nosso ver são mais prioritárias e não O ouvimos; e Ele com grande amor, persevera junto à porta aguardando ansiosamente o convite para entrar e ser o Senhor de nossa vida.

Mas Ele não ficará ali eternamente; chegará uma hora em que apesar dEle estar junto à porta;  por pecados acariciados e não confessados  que até tornaram-se um hábito na vida, cauterizaram a consciência e assim a pessoa não mais ouve a vós do Espírito Santo e esse é o pecado imperdoável.

Em Apocalipse 3:20 está relatado o convite divino: “Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo.”   

Não é Ele que nos deixa e sim nós que fazemos essa fatídica escolha, de consequências eternas.

Em Isaías 1:18 Ele convida: “Vinde então, e argui-me, diz o SENHOR:  ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a branca lã.

Não perca mais tempo; atenda ao apelo que o mesmo Deus fez a Seu povo a muito tempo atrás e faz a você hoje:  “Porque eu, o SENHOR, não mudo ...Tornai-vos para mim, e eu me tornarei para vós, diz o SENHOR dos Exércitos.  Malaquias 3: 6 e 7.

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