sábado, 5 de julho de 2014

Sem lenço e sem documento - História


No tempo em que eu trabalhava no Bamerindus, em uma de minhas férias fui até Camboriú para ficar de barraca em um camping.
Fiquei naquela praia por 17 dias e quando resolvi voltar comprei passagem três dias antes, paguei o camping e só de calção e camiseta saí a passear à tarde.  Levei o último dinheiro que tinha (o equivalente a uma nota de R$ 50,00 de hoje) preso no elástico do calção, pois nesse não tinha bolsos e acabei perdendo o dinheiro. Com parte do dinheiro, pretendia comprar o lanche à noite e com a barriga já roncando, fiquei olhando o movimento que era intenso no parque; até que vi uns gringos com aquele jogo rápido de mãos, com de três conchas e apenas uma bolinha. Muitos apostavam e tentavam adivinhar onde estava a bolinha, mas geralmente o gringo é quem ganhava. E ele sempre falava: “Lucir bien y decir donde está La pelota?” Notei que o gringo só olhava para a platéia e em algumas ocasiões antes de baixar a concha, via-se onde estava “La pelota”.
Notei também que um senhor que só perdia insistia em jogar. Aí me oferecipara ajudá-lo a recuperar um pouco do dinheiro, mas pedi-lhe que após, me comprasse um sanduíche e expliquei-lhe minha situação. 
O homem concordou e quando eu conseguia ver em que concha a bolinha estava, lhe falava; a da direita... da esquerda... do meio.
O senhor conseguiu recuperar um pouco, mas os gringos não gostaram. O que estava manuseando falou:   “Hay personas que no están jugando y pulsátil es. Eso no es justo, porque solo se pierde.”
Ele cochichou com outros dois gringos, que também ficaram me encarando, com cara de poucos amigos. Eu não dei atenção, só estava pensando em agasalhar um recheado sanduba, pois momentaneamente só curtia o cheiro, pois bem próximo dali serviam lanches.
Estava concentrado nas conchas, até que fui cutucar o senhor ao lado para informá-lo onde estava “la pelota”, mas o senhor tinha desaparecido no meio da multidão. Tive que sair rápido do lugar antes que apanhasse e fui dormir com a barriga vazia.
Quando perdi o dinheiro, nem me veio à mente da possibilidade de antecipar a passagem. Na barraca eu tinha apenas a metade de um mamão, quatro laranjas e meio quilo de banana.
Então pensei; vou ter que racionar para os três dias.
Na praia; o calor do sol, areia e água salgada dão bastante fome. No segundo dia já não tinha nada para comer e tinha vergonha de pedir. Com a fome que estava, eu comeria até um frango inteiro sozinho!
No terceiro dia fiquei sem comer, até que lá pelas 16 horas, lembrei-me de um casal já aposentados, amigos da família que moravam na cidade e apressadamente fui até lá.
Quando cheguei, conversei um pouco com eles e contei-lhes a situação; que havia perdido o dinheiro, que estava com fome, etc. Mas conversa vai, conversa vem e nada do tão esperado lanche. Até que forcei uma situação e disse; - “Eu acho que vou até o camping, pois deixei a barraca sozinha”... - Normalmente quando você visita alguém, os da casa dizem: - “Espere um cafezinho,” ou coisa parecida. Mas o casal de idosos falou. – “Vai com Deus e manda lembranças para teus pais.”
Eu não esperava por essa resposta e comecei a tagarelar novamente... e nada de sair o lanche.  Até que fui mais direto e falei: – “Posso pegar uns limões do quintal e fazer uma limonada? – Porque estou morrendo de fome!”
Aí parece que o casal acordou de um sono profundo e responderam: - “Claro que pode” e com a limonada veio pão com manteiga, bolachas, etc.  “Ufa que alívio!”
No dia seguinte meu ônibus sairia somente às 10 horas, então desarmei minha barraca e fiquei “cozinhando o galo” e ajudei outro senhor que estava com a família no camping a desarmar a barraca até que esse senhor fez menção de jogar um pote com margarina no latão de lixo.  Aí eu disse: -“Não faça isso”... e lhe contei a situação. O homem disse: - “Porque não me falou antes? Aí você não teria passado fome!” Aí me deu um pão fatiado quase inteiro.
Quando o motorista do ônibus parou em Itajaí para o almoço, fiquei dentro do ônibus, bebi água e comi pão com margarina.
Chegando em Curitiba, peguei um táxi que me levou até a casa de meus pais e lá  paguei a corrida.
Nada como comer a comidinha feita pela mamãe!
AS APARÊNCIAS ENGANAM – Em Balneário Camboriú, na mesma ocasião em que ocorreram os fatos descritos na história anterior, bem cedo comi um pão e umas frutas e fui tomar um banho de mar.
Era verão, e o sol recém tinha despontado no horizonte; mas como a expectativa era de um dia maravilhoso, na areia já havia muita gente e até alguns na água.
Como o mar estava bem tranquilo, entrei na água que não estava tão fria e comecei a andar mar adentro.
A princípio estava tudo bem, pois até um pouco longe do limite da água e areia ainda dava pé.
Fui me distanciando até que a água deu no peito; depois pescoço e as ondas eram tão serenas e não havia arrebentação; então quando elas vinham eu só pulava e deixava meu corpo ser levada por elas.
De onde eu estava, já não se ouvia mais o burbúrio da cidade; não ouvia as pessoas, não ouvia os carros. Só os via já meio de longe.
Passou a lancha dos bombeiros meio perto e quando eu baixava a cabeça sobre a água, ouvia o ruído da mesma enquanto ela se distanciava.
Não sou um exímio nadador, apenas dou umas braçadas e olha lá.
No lugar onde eu estava, as ondas eram bem pequenas e o mar parecia tranquilo; então resolvi dar mais umas braçadas mar adentro, onde não poderia mais ficar em pé.
Mas ao tentar voltar, vi na enrascada em que me metera; por baixo a corrente marítima me puxava e a cada três vigorosas braçadas, avançava apenas uma. Cansei-me rapidamente e olhando para as pessoas na praia, ao invés de me aproximar parecia que mais me distanciava delas.
Tentei boiar, mas cada vez as águas me levavam mais para longe; então comecei a nadar, não em linha reta, mas transversalmente e tentava pegar carona em cada onda que passava, mas como elas eram fracas, não adiantava muita coisa.
Eu estava tão exausto e quase a ponto de deixar de lutar pela sobrevivência, até que veio uma única onda mais forte e me arremessou uns três metros em direção à praia.  Como eu estava cansado demais, resolvi ficar em pé e verifiquei que onde estava ainda não poderia ficar nessa posição; mas notei também que ali não era tão fundo, então reuni todas as forças que me restavam e dei umas dez braçadas e quando fiquei em pé, a água chegava a meu pescoço.
Graças ao bom Deus conseguiu me safar dessa.
Quando exausto, praticamente cambaleava pela areia, uma moça disse-me: “Puxa você nada muito bem!”
Ou ela não enxergava bem, ou falou ironicamente, pois eu mais parecia uma formiga quando cai  em  um balde de água.

Em Provérbios 23:31 o sábio Salomão escreveu:  “Não olhes para o vinho quando se mostra vermelho, quando resplandece no copo e se escoa suavemente.”

E escreveu também em Provérbios 5:3-5:  “Porque os lábios da mulher estranha destilam favos de mel, e o seu paladar é mais suave do que o azeite.
Mas o seu fim é amargoso como o absinto, agudo como a espada de dois gumes.
“Os seus pés descem para a morte; os seus passos estão impregnados do inferno.”
 Então prezado amigo: Nunca julgue os outros pela aparência!




Um comentário:

  1. CRISTO VEM PREPARA-TE!

    LUCAS 21:25 e 26 – E haverá sinais no sol e na lua e nas estrelas; e na terra angústia das nações, em perplexidade pelo bramido do mar e das ondas. Homens desmaiando de terror, na expectação das coisas que sobrevirão ao mundo; porquanto as virtudes do céu serão abaladas.
    LUCAS 21:11 – E haverá em vários lugares grandes terremotos, e fomes e pestilências; haverá também coisas espantosas, e grandes sinais do céu.
    II TIMÓTEO 3:1 a 4 – Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos.
    Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te.

    MATEUS 24:14 – E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim.
    APOCALIPSE 1:7 – “Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até quantos o transpassaram. E todas as tribos da terra se lamentarão sobre Ele.”
    ISAÍAS 25:8 e 9 – Tragará a morte para sempre, e, assim, enxugará o Senhor Deus as lágrimas de todos os rostos, e tirará de toda a terra o opróbrio do seu povo, porque o Senhor falou.
    Naquele dia, se dirá: Eis que este é o nosso Deus, em quem esperávamos, e Ele nos salvará; este é o Senhor, a quem aguardávamos; na sua salvação exultaremos e nos alegraremos.

    APOCALIPSE 6:12 a 17 E, havendo aberto o sexto selo, olhei, e eis que houve um grande tremor de terra; e o sol tornou-se negro como saco de cilício, e a lua tornou-se como sangue;
    E as estrelas do céu caíram sobre a terra, como quando a figueira lança de si os seus figos verdes, abalada por um vento forte.
    E o céu retirou-se como um livro que se enrola; e todos os montes e ilhas foram removidos dos seus lugares.
    E os reis da terra, e os grandes, e os ricos, e os tribunos, e os poderosos, e todo o servo, e todo o livre, se esconderam nas cavernas e nas rochas das montanhas;
    E diziam aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós, e escondei-nos do rosto daquele que está assentado sobre o trono, e da ira do Cordeiro;
    Porque é vindo o grande dia da sua ira; e quem poderá subsistir.

    JOÃO 14:23 – Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar.
    E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também.

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