sábado, 5 de julho de 2014

Marinheiro de Primeira Viagem - História



Marinheiro de primeira viagem – Há muito tempo pensava em fazer uma viagem de avião, pois já com mais de meio século nas costas, não havia sequer entrado em um deles e na última semana de agosto de 2014, matei minha curiosidade e pela primeira vez viajei em uma aeronave.

Meu desejo de voar foi aguçado há uns três meses atrás quando pela quinta vez, sozinho descia a pé a estrada da graciosa, ocasião em que essa ainda estava interditada devido a dois deslizamentos e enquanto caminhava sozinho absorto em meus pensamentos, ouvi o que parecia barulho de um carro e como esse nunca me alcançava, averiguei que era um avião que bem no alto, singrava o azul do céu.

No final de semana comecei a navegar nos sites de passagens aéreas e sem ter efetuado um planejamento prévio, comecei a preencher uma reserva de um voo para Foz do Iguaçu que estava em promoção, pois além do valor estar um pouco abaixo, parcelei em seis vezes pelo cartão.

Confirmada a compra negociei com a diretora do colégio em que trabalho, pois o voo saiu às 10h52 minutos de uma quarta-feira e providenciei também a compra da passagem de ônibus para o dia seguinte às 21 horas, ficando assim devendo dois dias de trabalho.

Na segunda-feira quando comprei as passagens fiquei apreensivo quanto ao clima, pois o dia estava lindo, mas havia previsão de chuvas para o dia seguinte, fato que se confirmou, chovendo o dia inteiro.

Para minha alegria, o dia aprazado para o voo, foi em uma esplendorosa manhã com um céu claro e sem nuvens. Em minha ansiedade bem cedo comecei a olhar para o céu e divisei vários aviões que deixavam atrás de si a trilha branca de nuvem devido a condensação e não via a hora de deslocar-me até o aeroporto.

Minha filha levou-me até o tubo do Teatro do Paiol, onde após alguns minutos embarquei no ligeirinho aeroporto, chegando lá uma hora e meia  antes do embarque.   

Enquanto aguardava para o embarque notei que todos os passageiros estavam com grandes malas e eu com apenas uma pequena bolsa tiracolo.
Depois da revista e apresentação dos documentos de praxe, finalmente embarquei no avião da empresa Azul Linhas Aéreas e vi que era bem diferente do que eu pensava. Imaginava uma grande aeronave com várias fileiras de bancos como se vê em filmes, mas vi o que parecia um comprido ônibus arredondado com apenas duas fileiras de poltronas e com pequenas janelas arredondadas.

Minha poltrona (19-A) foi ao lado da janela, só que foi apenas uma fileira após a asa, assim não tive muita visibilidade, mas foi uma experiência diferente, pois quando o avião acelerou na pista, senti um pequeno frio na espinha quando começou a decolar.

À medida que ele foi subindo, os carros, casas, prédios foram ficando cada vez menores e após alguns minutos, olhando para trás, vi que os prédios já haviam desaparecido, pois tanto eles as casas e a serra do mar fundiam-se em apenas uma paisagem em um azul distante.  
  
O que via do alto era como se estivesse sobrevoando uma grande colcha de pequenos retalhos,  de várias formas e tamanhos; alguns maiores e outros menores, sendo que devido à altura o que se via mais era da cor verde clara ou escura das plantações e também alguns na cor marrom, onde a terra já estava sendo preparada para a nova safra, tudo escondidos em uma grande tela azul clara devido à distância do solo.

Logo após via-se pequenas cidades e do alto eu procurava visualizar alguma rodovia que ligava uma à outra. Por vezes via o reflexo do sol no telhado de silos onde são guardados os grãos e pensei: “Como Deus é bom; pois apesar de sermos pecadores, Ele nunca nos abandona! Ele nos criou, nos guia e nos supre! Todos os dias Ele envia a chuva, o sol, o oxigênio e os demais nutrientes, para que o solo produza o nosso sustento”.

E muitas vezes ocupado em nossos afazeres nem O agradecemos. Agimos como se fosse uma obrigação dEle e pior que muitos nem acreditam que por Seu intermédio é que foram feito todas as coisas. Acreditam que tudo veio por acaso...

Ao meu lado sentou-se um senhor moreno que nem me cumprimentou; ao sentar-se, colocou o fone de ouvido e começou a ler um jornal. Por trás de seu óculos de armação grossa, creio que notou que por vezes eu deslizava meu dedo na pequena TV em frente do banco tentando mudar de canal, como se fosse a tela de meu celular digital, sendo que o mecanismo para mudanças estava ao lado no encosto do braço.  

Olhando ao redor notei que os passageiros próximos também agiam como já estivessem acostumados a voar, pois liam, conversavam, um jovem dormia, mas ninguém estava como eu, com os olhos grudados na pequena janela.

Após alguns minutos as aeromoças vieram servir um pequeno lanche e quando me deram um pequeno refrigerante um copo de água com gelo e um pequeno pacote de bolachas, foi que esse senhor deu sinal de vida. Após pegar o seu, viu que eu apenas segurava o lanche, então ele abaixou o suporte em frente ao meu banco ficando uma pequena mesa. Agradeci-lhe e perguntei-lhe se sempre ele voava naquela companhia. Disse-me que às vezes, mas este era um pequeno percurso, pois na semana anterior viera da Alemanha.

Perguntei-lhe a que altura estávamos voando. Ele respondeu dez mil metros e logo após olhando no pequeno informativo em frente a sua poltrona falou-me que eram quatro mil metros. 

Logo em seguida começou a comer e colocou o fone de ouvido novamente, dando a entender que “tinha terminado a entrevista”.

Ao passarmos por uma grande cidade que presumi ser Toledo, o piloto nos informou do clima em Foz e quantos minutos faltavam para chegar e também nos  informou que  iria começar o procedimento de descida.

Uma coisa em que notei também é que em nosso estado temos muitas plantações, mas restam poucas matas e só vi matas nativas quando o avião sobrevoava o parque do Iguaçu e vi também alguns lagos rodeados pelas árvores.

Antes de descermos consegui ver também onde terminava o grande rio que era as cataratas; vi também pequenos prédios e inúmeras casas de Foz do Iguaçu e Cidade do Leste e o grande rio Paraná e também a ponte da amizade que une as duas cidades.

Após fazer uma pequena curva, o avião suavemente começou a se aproximar da pista e em segurança desceu no lindo aeroporto. 

Após tirar foto do avião “do meu primeiro voo”, procurei o ponto do ônibus que me levaria para o centro, mas ao chegar ao ponto ele estava saindo, então logo parou outro e ao perguntar para o motorista, ele me informou que iria, mas primeiro iria até o Parque Iguaçu e se eu fosse até lá teria que pagar outra passagem para voltar. Assim mesmo resolvi ir,mas chegando lá não resisti; paguei mais R$ 29,00 e fui até as cataratas, onde fui recepcionado por um bando de quatis.

Fiz uma visita rápida, pois pretendia ainda vender alguns Dvds de Desenhos Bíblicos, para não ficar com o bolso tão desfalcado.

Ao voltar para o centro embarquei em um bi-articulado e sentei no último banco em que estava vazio. 

Ao ônibus seguir o seu caminho, foram embarcando mais pessoas e ao meu lado sentaram um jovem casal que falavam incessantemente em inglês. Entendi apenas algumas palavras até que o ônibus passou em um lugar onde houvera um acidente naquele momento. Havia um carro com o alerta ligado na pista em cima de uma moto. Ao lado estava o motoqueiro estendido, ao mesmo tempo em que algumas pessoas o rodeavam e um homem corria com alguns galhos para sinalizar o acidente.

A moça ao olhar exclamou:  “Oh My Good !”  e a conversa deles que estava animada cessou por alguns instantes.
   
Chegando ao terminal eu ainda não tinha almoçado, mas pensei; vou ter que trabalhar, porque inverti os valores; primeiro me diverti para depois pensar em trabalhar. Agora vou trabalhar para depois comer, afinal tem um ditado popular que reza: “Quem não trabalha não come.” 

Na primeira oferta vendi um Dvd, mas em seguida  ofereci em umas vinte portas, sem sucesso, informaram-me que o comércio em Foz estava meio parado.

Resolvi inverter os valores novamente e aí ao fazer um lanche, perguntei de algum hotel mais em conta e a moça me deu um cartão de um no centro que não era tão caro, mas disse que eu poderia achar algum mais barato, mas era mais retirado do centro. 

Falou-me de outro que era ao lado “Hotel Souzamar” que era bom e também tinha convênio com Vans para compras no Paraguai. Fui até lá e fechei negócio por R$ 50,00 com o café da manhã. Ao subir para o apartamento me surpreendi, pois esperava apenas um quarto simples com uma cama de solteiro e o que vi foi um apartamento bem arrumado, com TV a cabo, frigobar, uma cama de casal e uma de solteiro, ambas bem arrumadas, com toalhas artesanalmente dobradas, sabonetes,  etc. Tudo me convidava para uma soneca, mas deixei minha japona e a bolsa tiracolo com os DVDs e fui até o terminal rodoviário e embarquei no ônibus para Puerto Iguaçu na Argentina. Meu objetivo era só passear e ver preços, pois estava com pouco dinheiro.Naquela cidade fiquei por pouco tempo, pois quando o sol declinava voltei para Foz do Iguaçu e desci mais ou menos perto do terminal onde eu embarcara. 


No ônibus que faz a Linha Puerto Iguaçu até a Ponte da Amizade a passagem é cobrada pelo próprio motorista que faz assim uma dupla função. Paguei em real e imaginei no momento como ele não se perdia, pois em sua pequena gaveta tinha outros tipos de papel moedas; pois alguns pagavam com o peso argentino, outros com o guarani paraguaio e alguns até com o dólar.


Chegando na Av. Brasil não localizei o hotel onde deixara minha bolsa, pois não tomara nome do mesmo e na hora nem me lembrei de olhar o recibo, mas esse também tinha deixado na bolsa.

Comecei a caminhar pela avenida procurando-o e lembrei do cartão e fui procura-lo a umas oito quadras distantes, mas nem lembrei que o cartão era apenas a primeira referencia que a moça da lanchonete me dera, pois eu fechara com o hotel do lado.

Chegando ao numero que constava no cartão estranhei que o hall de entrada era meio diferente, mas assim mesmo falei com os dois recepcionistas; um homem e uma mulher, que me disseram que eu não fizera reserva ali, pois meu nome não estava na lista.

Fiquei meio confuso e falei que o hotel que eu estivera ficava naquela avenida e também ficava ao lado de uma lanchonete e sorveteria.

Aí me disseram que era o hotel Souzamar e que eu deveria retornar novamente as oito quadras. A mulher perguntou se eu estava de carro, pelo que respondi que não e preguiçosamente comecei a caminhar as oito quadras.

Como estava cansado e com fome, quando estava chegando ao hotel, parei em uma lanchonete e perguntei se serviam sanduíches e me disseram que não e sim apenas os salgados que estavam expostos.

Disse-lhe que estava querendo jantar, pois não havia almoçado e o rapaz apontou uma lanchonete na outra esquina.

Chegando lá e olhando o cardápio, pedi um prato que além de outras coisas, continha fritas e ovo frito e logo após pedi mais outra porção de fritas e outro sóiudo. Como estava com fome e sede, olhando o cardápio escolhi uma jarra de suco de laranja, pois ali estava inserido: 

·        Sucos: Laranja, abacaxi e morango. -  R$ 10,00  a jarra.

Pensei: Vou pedir uma jarra, mas com certeza não vou conseguir beber tudo.
Quando me trouxeram, fiquei surpreso com o tamanho da jarra; era tão minúscula que parecia brinquedo de criança. O copo também era tão pequeno que após dois goles ficou seco.

Com o estômago cheio finalmente cheguei ao hotel e liguei a televisão, pois era quarta feira e pensava em assistir algum jogo de futebol, mas no que deitei na cama o cansaço me venceu e desliguei a TV e minutos depois já estava dormindo.

Como serviriam o desjejum a partir das 7 horas e o rapaz da van passaria as 7h40m para ver que iria com eles para o Paraguai, às 6h30m eu já estava rodeando a mesa e assim antes do horário fiz o meu desjejum naquela mesa farta, onde serviam café, leite, sucos, vários tipos de pães, tortas, queijo, manteiga, doces e também algumas frutas.

Como havia esquecido em casa o cabo para recarregar a bateria do celular, perguntei na portaria se por acaso eles possuíam algum e por muita sorte havia apenas um e era exatamente o que deu certo para o meu celular.

Às 7h45m a van passou para nos levar para as compras no Paraguai, pois tinha que buscar duas senhoras cariocas que estavam em outro hotel. O motorista nos disse que naquele dia estava meio fraco, pois estávamos em apenas três e somando as duas senhoras ficaríamos em apenas cinco passageiros, sendo que na van cabiam 15 e em alguns dias tinham que requisitar outro veículo.

Antes das senhoras embarcarem a conversa girou em cima de golpistas que oferecem transportes bem em conta para turistas e acabam assaltando-os antes de chegarem à ponte da amizade, ou levam para o país vizinho e lá roubam os incautos que pensam em levar vantagem pagando um valor tão irrisório pelo transporte e pensam em ganhar tempo e dinheiro e acabam perdendo o que tem em mãos. 

Tem um ditado popular que quase todo mundo conhece: “O barato sai caro”.
A empresa que nos levou para o Paraguai e indicada pelo hotel é a “Alex Travel Turismo”, sendo que pagamos R$ 25,00 que era para o transporte de ida às 8 horas para o Paraguai e volta às 15 horas, com um guia turístico que nos daria instruções e nos acompanharia nas compras.

Em certo ponto de Foz a van parou e embarcou o guia turístico que nos cumprimentou e nos deu as instruções de segurança e para as compras.
Falou que nos levaria em alguns shoppings onde o preço não era elevado e eram materiais originais. 

Falou também que para nossa segurança não devíamos nos separar; não usarmos correntes de prata ou ouro no pescoço; carregarmos o dinheiro em bolsos separados; na hora que fôssemos comprar alguma coisa na rua em barracas ou camelôs, tirar do bolso só o necessário e não deixar à mostra “aquele bolo de notas”.

Quando ouvi a última instrução, ri para mim mesmo, pois com meu dinheiro daria para comprar apenas um relógio barato, um perfuminho, um tênis chinês e umas “pringles”, batatas fritas vendidas no Paraguai.

Falou-nos também de shopping onde os lojistas garantem e trocam produtos danificados, inclusive de lugares que o comprador pode deixar uma parte do valor como entrada da compra e o produto é entregue com segurança no hotel. 

Ao aproximarmos da Ponte da Amizade, o trânsito começou a ir mais devagar e dali já ouvimos sons de buzinas, foguetes, gritos e o guia disse que alguma coisa de anormal deveria estar acontecendo.

Disse-nos que há 15 anos é guia turístico e toda semana vai de segunda a sábado para o país vizinho e quando passamos a ponte da amizade e vimos muitos policiais e também soldados do exército paraguaio na fronteira, ele ficou apreensivo e disse que provavelmente haveria quebra quebra e seria perigoso principalmente para os turistas. 

As portas das lojas estavam todas fechadas e a van nos deixou perto de um shopping onde apesar de estar fechada, nos abriu uma porta lateral para nos servir.

O guia nos deixou ali e disse que iria ver como estava a situação lá fora e voltou logo após e disse que falou com o responsável de outro shopping onde nos levaria após e esse aconselhou-o a não sair nas ruas, pois a coisa estava ficando preta e ele também não abriria o shopping naquele dia.

Diante do exposto, falou-nos para voltarmos imediatamente para o nosso país e assim andamos rapidamente em direção à ponte da amizade, pois com táxis e outros veículos os que estavam organizando o protesto estavam fechando todas as ruas próximas à fronteira e a van em que estávamos ficou no Paraguai para ser resgatada mais tarde.  

Após passarmos a ponte da amizade verificamos que na aduana brasileira ninguém estava fiscalizando e assim o guia colocou-nos em dois táxis e embarcando no primeiro, pediu que o segundo o seguisse, pois nos levaria para os hotéis, mas ao chegar ao hotel onde estavam hospedadas as duas senhoras, viu que uma van de um conhecido estava parada ali e assim acertou com os taxistas e nos levou até o hotel.

O dono do hotel disse que aquela van já estava de saída, pois levaria turistas para as cataratas e sua outra van também estava no Paraguai.

Neste intervalo perguntei se o hotel em que eu dormi estava longe. Ele respondeu que distava uns dois quilômetros e meio. 

Falei que não se preocupasse que eu iria de ônibus mesmo, pois estava com apenas uma pequena sacola, mas ele respondeu: - “De maneira alguma, eu apanhei vocês na porta do hotel e lá é que vou entregar.”

Assim ele parou um táxis e pagou a corrida até o hotel. 

No caminho disse para o motorista para que me aguardasse um minuto, que eu precisava que me levasse até a rodoviária e pagaria a corrida do hotel até lá.

Nisso um dos cariocas riu e disse que em um minuto eu não estaria nem subindo a escada, aí lhe respondi que seria menos de um minuto, pois deixara a bolsa e o casaco na recepção.

Em menos de um minuto voltei e o taxista já tinha aberto o porta malas, mas falei que nem precisava, pois estava apenas com uma pequena sacola e a bolsa a tiracolo.

Chegando à rodoviária fui à empresa Catarinense e troquei minha passagem que era para as 21 horas por uma em que o ônibus sairia ao meio dia.

Como eram 11h10m deu tempo de almoçar em um restaurante perto; pensei em comer bem pouco só que enquanto me servia, acabei derrubando no chão o pegador de saladas e quando fui ajuntar para que fosse lavado, acabou escorregando um pouco de feijão e macarrão do prato raso para o chão, dando um trabalhinho a mais para a atendente que estava bem ocupada naquele momento.  

Quando embarquei no ônibus notei que estava meio vazio e tinha comprado passagem bem no fundo, mas como era um ônibus Scania com carroceria Marcopolo; ônibus bem alto que tem quatro poltronas bem na frente acima do motorista, vi que um dos lugares não tinha ninguém, pedi licença para o rapaz que estava sentado e vim ali conversando com ele e tirando fotos pelos caminhos.

Em Cascavel esse rapaz que era analista de sistemas e iria para um congresso, desceu e também as duas pessoas do banco ao lado. 

Pensei que a numeração das poltronas eram atribuídas somente na primeira cidade    e após os passageiros sentavam onde queriam ou onde havia lugar, mas logo embarcou um senhor e sentou-se ao meu lado, Passei para o banco ao lado e perguntei-lhe se as passagens vendidas à partir daquela cidade eram numeradas. Respondeu que sim e logo após sentou-se outro rapaz ao meu lado.

Pensei que poderia embarcar mais alguém e ficaria chato eu estar ocupando a poltrona atribuída a outra pessoa, então voltei ao meu lugar no final do ônibus.

Só que após Cascavel não embarcou mais ninguém no ônibus e sobraram dois lugares naquela primeira fileira. 

Eu poderia ter ido sentar lá na frente novamente e assim apreciaria mais as lindas paisagens, mas achei por bem não incomodar mais ninguém e ficar quieto em meu canto. 

Como os dois últimos bancos estavam vazios eu me revezava; na hora em que o sol batia em um lado do ônibus eu me transferia para o outro banco e assim cheguei às 22 horas em Curitiba e minha filha foi me buscar na rodoviária, porque seria difícil carregar no ônibus de linha uma sacola com dois quilos de compras efetuadas no Paraguai.

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