No dia anterior pesquisei pela internet o horário de ônibus, colégios em que iria primeiro, priorizando a localidade e números de alunos.
Na quinta-feira embarquei às 6:30 h na rodoferroviária e segui pelo caminho. As duas cidades são bem cuidadas. Nelas não se notam pichações em prédios, casas e muros. As cidades estão sempre bem limpas. Inclusive existem coletores especiais para bitucas de cigarros.
Chegando ao primeiro colégio o vice-diretor informou-me que todos os diretores dos colégios estaduais daquela cidade estavam em reunião em Curitiba.
Ele gostou do material, só que era responsável apenas pela parte pedagógica e a parte financeira era só com a diretora.
No segundo colégio, a mesma coisa: A vice que me atendeu também gostou do material, mas não tinha autonomia para adquiri-lo.
Como era o aniversário dela, dei-lhe um cd de caça palavras de presente.
Devido
ao fato dos diretores titulares não estarem na cidade, resolvi vender em Mafra
SC, que era só atravessar a ponte sobre o rio negro.
No primeiro colégio a diretora comprou apenas o cd, pois não tinha todo dinheiro no momento. No segundo a diretora e o representante da Associação Pais e Mestres “não conseguiram” arrumar dinheiro nem para o cd.
No terceiro a diretora co-regente gostou, mas disse que só compraria com o cd original.
Expliquei-lhe que eu era o autor e o cd não era pirateado, mas assim mesmo ela não adquiriu.
Na rodoviária de Rio Negro, comprei um pequeno livro “O Caminhoneiro” escrito por Marcos Augustinho que é um deficiente visual e me admirei pelos versos escritos nele e pela lição de vida demonstrado por ele e por sua esposa, que o guiava e também o ajudava nas vendas.
Nem sempre ele foi deficiente; pois foi até caminhoneiro e no livro ele conta a falta de compreensão de muitos da sociedade para com o deficiente e também a história do começo de um grande amor que apesar das solicitudes da vida ainda é vivida por ele e sua fiel companheira.
DEFICIÊNCIAS – Quando vemos ou ouvimos sátiras ou piadas a respeito dos deficientes como o Geraldo Magela e outros não podemos imaginar ou deixar de admitir o que na verdade ele está tentando passar às pessoas normais. Suas críticas em tom de brincadeira para que conheçamos um pouco sobre o deficiente, principalmente o cego, que é meu caso, e milhões de cegos que existem no Brasil e no mundo
Infelizmente grande parte da sociedade não
está preparada para o convívio com o deficiente. Certamente ao encontrar um
cego tateando com sua bengala para se locomover, você deve ficar imaginando
porque ele não está acompanhado por alguém.
Acontece que apesar de cego, também tem problemas familiares como os demais e na maioria das vezes não tem quem possa acompanhá-lo e se obrigue a andar só. Inúmeras são as dificuldades que o cego encontra para se locomover, exemplo: calçadas desniveladas, postes mal localizados e até desnecessários.
Todos que deveriam ter uma altura padrão.
Placas de propaganda, guarda chuvas e sombrinhas, tudo isso pode não ter
importância para uma pessoa normal, mas dificulta muito a vida do deficiente
visual.
Por incrível que pareça muitas pessoas e até
mesmo certos motoristas não sabem distinguir uma bengala, inúmeros acidentes
ocorrem por este motivo.
Eu gostaria de chamar a atenção das autoridades estaduais e municipais que olhassem com carinho problema do deficiente em geral. Até sugiro constar matéria sobre o assunto nos currículos escolares, para que a criança aprenda a comportar-se de maneira diferente com o deficiente e com isto aprender assuntos importantes que poderão reverter em seu próprio benefício no futuro. O brasileiro possui fértil capacidade de inteligência, porém, infelizmente é muito mal orientado. Exemplo: jamais podemos nos comunicar com um deficiente visual através de gestos, ao ser abordado por um cego fale com ele em tom alto e claro e sem gesticular, não aponte para este ou aquele lado, não balance a cabeça positivamente ou negativamente, responda sempre em voz alta, pois eles veem seus gestos.
Ao receber ou entregar alguma coisa a um deficiente visual, faça-o com firmeza e segurança, pois ao mais leve contato ele pode perceber a acreditar que você pegou ou soltou o objeto e pode deixá-lo cair, quebrando-o ou danificando-o em consequência.
Ao tentar ajudá-lo em uma travessia ou acesso, as escadarias, por exemplo; permita que ele segure em seu braço, desta forma ele se sentirá mais seguro. Aproxime-se do deficiente visual, pois a cegueira não é contagiosa. E você poderá tornar o dia a dia do deficiente visual um pouco mais fácil.
BREGA E XUCRA – Ao ouvir o ruído de uma buzina, uma bela moça aproximou-se, vinha de um galpão de madeira, estava com um balde cheio de leite em uma das mãos e, na outra, um recipiente menor. Usava um conjunto salopete e camiseta, nos pés um tamanco de madeira.
Os belos olhos da moça brilharam, e seus dentes brancos e fortes surgiram em simpático sorriso.
Ela perguntou: Certamente quer falar com meu pai?
Sim, mas por favor não se apresse. Chamo-me Luiz Carlos Barreto e você como se chama?
Chamo-me Natalie, respondeu a moça.
- Pelo que vejo suas vacas são muito boas de leite – disse o rapaz.
- Sim, tiramos uma parte e as soltamos juntamente com os bezerros para que cresçam fortes e sadios.
A moça notava que o rapaz a olhava com olhos insistentes e penetrantes, parecia querer desnudá-las sem o menor pudor. Isto a irritou e suas faces coraram como duas maçãs, o rapaz insistiu e afirmou:
Não sei o que faz uma moça bonita como você, enfurnada em um sítio como este. Você nunca vai à cidade? Não a tenho visto por lá.
- Sim, uma vez por mês quando vou à igreja e também nas tardes dançantes, quando meus irmãos me levam – afirmou a moça.
É uma pena que você se divirta tão pouco – disse o rapaz – na cidade temos salão, lanchonetes, boates e outras diversões e todos se divertem para valer! Se quiser posso ser seu parceiro, garanto que você será ótima companhia.
Não, meus pais não aceitariam e eu também não quero – respondeu a moça.
E numa expressão negativa completou:
Temos aqui tudo que precisamos. Aqui não temos o mal da poluição que afeta as cidades, somos uma família unida e conservadora, temos hábitos diferentes. Trabalhamos a semana inteira e aos domingos vamos à capela agradecer à Deus por nossa saúde, trabalho e o pão que conseguimos ganhar com o suor do nosso rosto.
Depois de uma breve pausa a moça completou:
- Várias garotas que foram na conversa de certos almofadinhas partiram deixando suas famílias em busca de diversões, à procura de uma vida melhor, e acabaram “quebrando a cara” . Levadas pelo vício caíram nas drogas, bebidas, boates, noitadas, orgias e hoje, doentes cansadas e envergonhadas não voltam mais ao seio de sua família.
E num gesto brusco retirando-se, disse:
Vou chamar meu pai – pegou o balde de leite que estava ao seu lado e continuou – você quer falar com ele não é? – disse retirando-se e deixando o rapaz surpreso e boquiaberto. Ei, como chama seu pai?
Pedro – respondeu a moça dando-lhe as costas.
Sem demora apareceu um homem alto e forte, descalço e com um chapéu de palha na cabeça.
Bom dia – disse o homem com um sorriso,
estendendo a mão direita e tirando o chapéu com a outra.
Você deve ser o filho de Orestes Barretos, o
açougueiro. Vejo você por lá, de vez em quando, nas vezes em que vou a cidade
fazer algumas compras.
- Sim – disse o rapaz apertando-lhe a mão. Como está seu pai? O que lhe traz aqui? – perguntou-lhe o homem.
Meu pai pediu que viesse ver se o senhor tem alguns novilhos de abate, para as festas juninas.
Sim tenho uns belos garrotes de treze e quatorze arrobas, próprias para churrasco.
Podemos vê-los? – perguntou o rapaz. – Sim venha comigo, por favor.
Ao se aproximarem das instalações o rapaz observou o capricho e a limpeza. De vez em quando arriscava um olhar em direção à casa para ver se avistava novamente a moça que lhe deixara perplexo. O rapaz agradou-se dos animais a ao despedir-se prometeu que viria buscá-los o mais rápido possível.
Estou muito satisfeito disse o rapaz.
O homem notou o nervosismo e a ansiedade do rapaz e perguntou-lhe o que havia acontecido.
Talvez queira levar mais alguns novilhos?
- Não, senhor Pedro, com todo o respeito, é sobre a sua filha, O que aconteceu? Ela não o tratou com respeito? Vou falar com Natalie.
- Não, senhor Pedro, não é nada disto! É que eu gostei muito do jeito de sua filha e gostaria que o senhor me permitisse visitar o seu sítio novamente, para que eu possa falar com ela. – Sim – disse o homem – Será um prazer. Conheço bem sua família e você pode aparecer aqui quando quiser.
O rapaz agradeceu e ao entrar no seu carro notou que a moça o observava de uma das janelas e com um aceno despediu-se.
No caminho de volta o rapaz, envolvido pela beleza da moça, nada mais notava.
Ao seu redor a beleza do sítio, cercas com palanques fortes e bem alinhadas, pastagens férteis e muito bonitas. Uma expressão de alegria em seu rosto iria voltar àquele lugar, queria pedir desculpas àquela moça, iria tentar conquistá-la, sabia que aquela moça poderia ser uma ótima esposa e mãe de seus filhos.
O rapaz jamais imaginara que uma moça, tão simples pudesse possuir tantas virtudes!
Hoje em dia a mídia ensina nossos jovens que tudo é dez, que não dá nada, não precisa o comprometimento, é só ficar, etc.
Fazem até disputas entre si para ter a falsa ilusão de quem é o maior, de quem é o melhor, etc.
É por isso que a sociedade está pagando um alto preço, pelo que ela mesmo transmite através dos meios de comunicações; Problemas emocionais, psicológicos, Aids, doenças venéreas, gravidez indesejada. Infelizmente são os resultados das propagandas transmitidas para a coletividade.
Mas tudo tem o seu preço! - Colhemos sempre aquilo que plantamos. - É impossível colher abacaxis em um pé de melancia.
Enquanto o sol estava se pondo no horizonte, eu voltava para casa e da
janela do ônibus, deslumbrava a enorme sombra dele que se projetava ao lado e atropelava tudo que estava pela frente, eu refletia sobre os acontecimentos do dia.
Dessa
vez e não vendi nem para as passagens, mas valeu à pena. Valeu pela lição de
vida do deficiente visual e também daquela vice-diretora que estava de
aniversário. Ela se deslocava com dificuldades, provavelmente devido à
paralisia infantil, e esses fatos me fizeram pensar: “Muitas vezes reclamamos de nossas aparentes limitações e dificuldades,
mas nunca paramos para pensar que existem multidões que estão em situações bem
piores que a nossa, mas prosseguem adiante!”
CRISTO VEM PREPARA-TE!
ResponderExcluirLUCAS 21:25 e 26 – E haverá sinais no sol e na lua e nas estrelas; e na terra angústia das nações, em perplexidade pelo bramido do mar e das ondas. Homens desmaiando de terror, na expectação das coisas que sobrevirão ao mundo; porquanto as virtudes do céu serão abaladas.
LUCAS 21:11 – E haverá em vários lugares grandes terremotos, e fomes e pestilências; haverá também coisas espantosas, e grandes sinais do céu.
II TIMÓTEO 3:1 a 4 – Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos.
Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te.
MATEUS 24:14 – E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim.
APOCALIPSE 1:7 – “Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até quantos o transpassaram. E todas as tribos da terra se lamentarão sobre Ele.”
ISAÍAS 25:8 e 9 – Tragará a morte para sempre, e, assim, enxugará o Senhor Deus as lágrimas de todos os rostos, e tirará de toda a terra o opróbrio do seu povo, porque o Senhor falou.
Naquele dia, se dirá: Eis que este é o nosso Deus, em quem esperávamos, e Ele nos salvará; este é o Senhor, a quem aguardávamos; na sua salvação exultaremos e nos alegraremos.
APOCALIPSE 6:12 a 17 E, havendo aberto o sexto selo, olhei, e eis que houve um grande tremor de terra; e o sol tornou-se negro como saco de cilício, e a lua tornou-se como sangue;
E as estrelas do céu caíram sobre a terra, como quando a figueira lança de si os seus figos verdes, abalada por um vento forte.
E o céu retirou-se como um livro que se enrola; e todos os montes e ilhas foram removidos dos seus lugares.
E os reis da terra, e os grandes, e os ricos, e os tribunos, e os poderosos, e todo o servo, e todo o livre, se esconderam nas cavernas e nas rochas das montanhas;
E diziam aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós, e escondei-nos do rosto daquele que está assentado sobre o trono, e da ira do Cordeiro;
Porque é vindo o grande dia da sua ira; e quem poderá subsistir.
JOÃO 14:23 – Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar.
E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também.