sábado, 5 de julho de 2014

Não vim abolir, mas cumprir! - Mensagem

(A lei da liberdade) Muitos guias religiosos, afirmam que Cristo em Sua morte, aboliu a lei. Alguns a representam como um pesado fardo e, em contraste com a “escravidão” da lei, apresentam a “liberdade” que pode ser desfrutada através do evangelho.


Porém, não era assim que os profetas e apóstolos consideravam a santa lei de Deus. Escreveu Davi: “Andarei em verdadeira liberdade, pois tenho buscado os Teus preceitos” (Salmo 119:45).  O apóstolo Tiago se refere aos Dez Mandamentos como a “lei perfeita, que traz a liberdade” (Tiago 1:25). O apóstolo João pronuncia uma benção sobre todos os que “obedecem aos  mandamentos de Deus” (Apocalipse 12:17; 14:12).

Se tivesse sido possível mudar a lei ou deixá-la de lado, Cristo não precisaria ter  morrido para salvar o ser humano da penalidade do pecado. O Filho de Deus veio para “tornar grande a gloriosa a Sua lei” (Isaías 42:21). Disse Jesus: “Não pensem que vim abolir a lei ou os profetas; não vim abolir, mas cumprir. Enquanto existirem céus e Terra, de forma alguma desaparecerá da Lei a menor letra ou o menor traço” (Mateus 5:17,18).  A respeito de Si próprio, Cristo declara: “Tenho grande alegria em fazer a Tua vontade, ó Meu Deus; a Tua lei está no fundo do Meu coração” (Salmos 40:8).

A lei de Deus não  muda, pois é uma revelação de Seu caráter. Deus é amor, e Sua lei também o é. “O amor é o cumprimento da lei” (Romanos 13:10). Diz o salmista: “A Tua lei é a verdade”; “Todos os Teus mandamentos são justos” (Salmo 119:142,172). Paulo declara: “A lei é santa, e o mandamento é santo, justo e bom” (Romanos 7:12). Uma lei assim precisa ser tão duradoura quanto o seu Autor.

O objetivo da conversão e santificação é reconciliar as pessoas com Deus, pondo-as em harmonia com os princípios de Sua lei. Logo depois da criação, o ser humano estava em perfeita harmonia com a lei de Deus.

O pecado, porém afastou-o do Criador. O coração estaria em guerra contra os princípios da lei de Deus. “A mentalidade da carne é inimiga de Deus porque não se submete à lei de Deus, nem  pode fazê-lo” (Romanos 8:7). Mas “Deus tanto amou o mundo que deu o Seu Filho Unigênito” (João 3:16) para que o ser humano pudesse ser reconciliado com Deus, restaurado à harmonia com o seu Criador. Essa mudança é o novo nascimento, sem a qual a pessoa não “pode ver o Reino de Deus” (João 3:3).

O perdão nos livra da obediência? - Estaria a pessoa, depois disso, em liberdade para transgredir a lei de Deus? Diz Paulo: “Anulamos então a lei pela fé? De maneira nenhuma! Ao contrário, confirmamos a lei” (Romanos 3:31). “Nós, os  que morremos para o pecado, como podemos continuar vivendo nele?”  (Romanos 6:2), João declara: “Nisso consiste o amor a Deus: obedecer aos Seus  mandamentos. E os Seus mandamentos não são pesados” (I João 5:3), Durante o novo nascimento, o coração é posto em harmonia com Deus, em conformidade com a Sua lei. Quando ocorre essa transformação no pecador, ele passa da morte para a vida, da transgressão e rebelião para a obediência e lealdade. Terminou a velha vida; começou uma vida nova, de reconciliação, fé e amor. A partir desse momento, as “justas exigências da lei” serão cumpridas “em nós, que não vivemos segundo a carne, mas segundo o Espírito” (Romanos 8:4).  A fala do coração será:

   “Como eu amo a Tua lei! Medito nela o dia inteiro” (Salmos 119:97).  Sem a lei de Deus, as pessoas não possuem verdadeira convicção do pecado e não sentem necessidade de arrependimento. Não percebem a necessidade do sangue purificador de Cristo. A esperança da salvação é aceita sem uma mudança radical do coração ou reforma da vida. São comuns tais conversões superficiais, e multidões se unem às igrejas sem nunca ter se unido a Cristo. (Retirado do livro; A Grande Esperança pág. 54 à 57 )

Na época da escravidão, estava sendo leiloado um escravo robusto chamado José. Esse se negava a obedecer a seu amo. Entre o grupo de compradores havia um homem com um semblante bondoso e que cobria sistematicamente as demais ofertas. José notou isso. Cada vez que alguém oferecia mais, o cavalheiro aumentava novamente a oferta. Então José começou a dizer-lhe:

- “Não desperdice seu dinheiro. Eu não vou trabalhar!“

Mas o cavalheiro não ligava para os comentários do escravo. Continuava aumentando a oferta, e José insistiu:

- “Não vale a pena me comprar, eu não vou trabalhar!”

Finalmente ninguém se  animou a pagar mais, e o cavalheiro recebeu a documentação que o atestasse como legítimo dono de José. Enquanto seguiam na carruagem, José com os braços cruzados sobre o peito robusto e desnudo, repetia;

- “Ainda  que me mate, não vou trabalhar!”

Chegando à casa do novo dono, ao entrarem no escritório, José recusou o gentil oferecimento de uma cadeira para sentar-se. Ele notou que o seu patrão escreveu algo num papel e finalmente assinou. Pareceu-lhe uma espécie de documento. Enquanto isso o escravo repetia com menosprezo:

- “Eu não vou trabalhar!  Eu não vou trabalhar!”

- José – perguntou o patrão – você sabe ler?

- Sim, mas não vou trabalhar, mesmo que me mate!

- Bem  disse o patrão – este documento é seu – leia.

Com má vontade, José esticou o braço, pegou o papel e começou a ler. Logo seu semblante se transformou. A emoção fez com que as lágrimas lhe rolassem pelo rosto. Finalmente, comovido ao perceber que o documento o transformara em um homem livre, exclamou!

- “Mas o senhor pagou tão caro por mim para me dar a liberdade?” Ordene e José obedecerá!


O homem inconverso é um José que, mesmo que o matem, não obedecerá  (Romanos 8:7)

Aquele que aceita Jesus, nasce para uma vida nova pela graça e diz por amor: Serei um escravo voluntário. “Ordene e eu obedecerei”. (S.João 14:15) . Qual dos dois momentos você está vivendo? O Senhor vem buscar Seus amigos.



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