Um pouco antes de chegar em Irati, notei que o motor estava perdendo a potência, sendo que não consegui ultrapassar nem um caminhão velho carregado de toras de madeiras.
Cheguei à praça do pedágio e chamei um mecânico da cidade para verificar o que estava ocorrendo. Quando esse chegou acompanhado de outro homem, verificaram que o motor estava fundido; ele disse que não poderia nem subir a próxima serra que travaria tudo e o prejuízo seria maior ainda.
Inconformado, peguei carona até a cidade e foi durante esse trajeto que senti meu desamparo; pois tentei ligar para o escritório do fornecedor e lá ninguém atendeu, não conseguia ligar para minha casa. E naquela hora, já no escuro, sentado na carroceria gelada do pick-up no meio de ferramentas e com o cheiro de graxa, eu pensei: Com certeza, na casa do fornecedor a essa hora a família está na sala de jantar reunida junto à mesa e eu neste lugar.
Já no escuro o motorista da camionete pegou uma estrada secundária, onde além dos buracos, só havia campos e mato. Isto para desviar do posto fiscal e eu pensei que se quisessem, poderiam roubar-me e matar-me, pois estava longe de tudo e de todos. Fiquei aliviado quando começaram a aparecer às luzes da cidade.
No outro dia cedo, tive que pagar R$ 350,00 para que um guincho me trouxesse até Curitiba e paguei mais uns R$ 250,00 para arrumar o motor.
Depois que subi a serra dos campos gerais, notei que o motor da Kombi começou a perder força então pensei no plano “B”; que seria pousar em Guarapuava na casa de um casal de professores amigos meu e na madrugada seguinte seguir viagem.
Fui até a casa e não encontrei ninguém. Comecei a procurar uma oficina, mas estava difícil, pois era um domingo. Até que encontrei uma e tive que trocar as velas e os cabos. Paguei R$ 20,00 e deixei como penhor uma japona de nylon de R$ 60,00, pelos R$ 20,00 que faltavam.
Passei novamente na casa dos professores, que ainda não estavam em casa; então segui até Laranjeiras do Sul.
Lá paguei R$ 13,00 no hotel, mas o gasto com o lanche, ficando com apenas R$ 8,00 no bolso, sendo que tinha combustível suficiente para chegar até o destino final.
Lá pelas 4 horas da madrugada comecei a viajar para Francisco Beltrão. Só que não demorou muito acendeu a luz do alternador e eu pensei; “Só não posso deixar morrer o motor, senão estou ferrado.” Nem veio à mente que poderia ser a correia dentada; continuei no meu caminho e quando atravessava a pequena cidade de Saudades do Iguaçu, o motor da Kombi começou a falhar. Três quilômetros após esse travou.
O que fazer agora com o motor quebrado, com apenas R$ 8,00 no bolso, sem cheques ou cartão de crédito?
Estacionei com o carro na metade da pista, pois o acostamento era estreito e cabia apenas a outra metade. Coloquei o triângulo de segurança e esperei amanhecer o dia.
Quando amanheceu, perguntei para um senhor que morava em uma chácara ali perto, onde ficava a oficina. Ele disse-me, que era só eu voltar à cidade que acharia uma já na entrada.
Respirando o ar puro e ouvindo o cantar dos galos, mas ao mesmo tempo preocupado, apressadamente fui até a cidade, sendo que no caminho vi alguns folhetos à beira da estrada que eu havia lançado e pensei: “Alguém vai passar por este lugar e apanhar estes folhetos.”
Chegando à cidade já vi a oficina e logo em seguida chegou o dono que, ouvindo a história foi rebocar a Kombi.
Só que eu teria que vender uniformes e livros para pagar as despesas e sendo assim saí à procura de uma Kombi que estivesse disponível para aluguel, empréstimo, doação, ou coisa parecida. Tentei alugar até um ônibus, mas minha procura foi infrutífera.
Telefonei para o colégio, pedindo para avisar aos pais que eu me atrasaria um pouco, mas a secretária disse-me que ninguém me havia procurado.
Aqui vai uma ressalva: Nesse colégio em anos anteriores apesar de eu ser um concorrente, eles me ajudaram nas vendas. O diretor inclusive passou algumas vendas efetuadas na escola, para que eu atendesse e assim agilizasse junto aos pais. A confiança era tamanha, que me deixaram pousar no colégio, inclusive com a porta da secretaria aberta.
Mas na ocasião em que ocorreram os incidentes descritos nos parágrafos anteriores, a direção havia mudado e as coisas ficaram mais difíceis para mim. Esse novo diretor, veio do Mato Grosso e queria mostrar serviços; inclusive proibiu-me de vender em frente ao colégio, que por minha vez pedi licença para a vizinha no outro lado da rua e estacionei o carro.
Esse senhor cobraria R$ 80,00 para ficar o dia inteiro, só que havia mais um problema; nem eu e nem ele tínhamos dinheiro para colocar o combustível.
Fui até o posto e informado da situação, o dono me cedeu R$ 60,00 de gasolina para pagar à tarde, pois ele conhecia o dono do veículo.
Naquele dia com a metade dos materiais fomos até Francisco Beltrão e para “alegria” do diretor, conseguimos efetuar uma boa venda.
Voltando à noite eu pousei em uma pequena pensão, pagando R$ 6,00, apenas com uma cama e uma cadeira, mas combinei com o dono do veículo, para que no dia seguinte fossemos vender no colégio de Laranjeiras do Sul.
No outro dia, depois de ter pagado o combustível que comprara fiado, eu e agora com o rapaz que era filho do dono do carro, seguimos até a referida cidade, onde as vendas foram feitas normalmente.
Há males que vem para o bem! Depois das vendas do segundo dia, com o motor da Kombi pronto, depois de pernoitar na cidade, no dia seguinte partiria para Curitiba.
Paguei R$ 350,00 pelo concerto e o mecânico e a esposa, me convidaram para jantar com a família e pousar ali mesmo. Eu aceitei o convite e a senhora sabendo que eu era adventista, falou-me que quando era solteira, havia trabalhado na casa de um casal de idosos em São João e ainda lembrava dos cultos que eles faziam aos sábados em casa, pois na ocasião não havia igreja na cidade. E disse-me também que gostava muito de ouvir o pastor Alejandro Bullón.
Prometi e em outra viagem entreguei o livro “O Terceiro Milênio”. Precisava ver com que alegria a mulher recebeu o livro; abraçou-me e até parecia uma criança que acabara de ganhar uma boneca nova.
CRISTO VEM PREPARA-TE!
ResponderExcluirLUCAS 21:25 e 26 – E haverá sinais no sol e na lua e nas estrelas; e na terra angústia das nações, em perplexidade pelo bramido do mar e das ondas. Homens desmaiando de terror, na expectação das coisas que sobrevirão ao mundo; porquanto as virtudes do céu serão abaladas.
LUCAS 21:11 – E haverá em vários lugares grandes terremotos, e fomes e pestilências; haverá também coisas espantosas, e grandes sinais do céu.
II TIMÓTEO 3:1 a 4 – Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos.
Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te.
MATEUS 24:14 – E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim.
APOCALIPSE 1:7 – “Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até quantos o transpassaram. E todas as tribos da terra se lamentarão sobre Ele.”
ISAÍAS 25:8 e 9 – Tragará a morte para sempre, e, assim, enxugará o Senhor Deus as lágrimas de todos os rostos, e tirará de toda a terra o opróbrio do seu povo, porque o Senhor falou.
Naquele dia, se dirá: Eis que este é o nosso Deus, em quem esperávamos, e Ele nos salvará; este é o Senhor, a quem aguardávamos; na sua salvação exultaremos e nos alegraremos.
APOCALIPSE 6:12 a 17 E, havendo aberto o sexto selo, olhei, e eis que houve um grande tremor de terra; e o sol tornou-se negro como saco de cilício, e a lua tornou-se como sangue;
E as estrelas do céu caíram sobre a terra, como quando a figueira lança de si os seus figos verdes, abalada por um vento forte.
E o céu retirou-se como um livro que se enrola; e todos os montes e ilhas foram removidos dos seus lugares.
E os reis da terra, e os grandes, e os ricos, e os tribunos, e os poderosos, e todo o servo, e todo o livre, se esconderam nas cavernas e nas rochas das montanhas;
E diziam aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós, e escondei-nos do rosto daquele que está assentado sobre o trono, e da ira do Cordeiro;
Porque é vindo o grande dia da sua ira; e quem poderá subsistir.
JOÃO 14:23 – Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar.
E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também.