sábado, 5 de julho de 2014

O Poeta - História

Quando eu estava na quarta série do ginásio (equivalente ao 9° ano de hoje), em uma aula de português, a classe foi dividida em pares para composição de versos e prosa e declamação de poesias.

Meu companheiro foi o Enéas (Pernalonga), o mesmo rapaz que me dedurou três anos antes, e em consequência o professor me esquentou as orelhas.

Inspirei-me em um fato ocorrido no final da semana anterior no colégio, onde os rapazes internos prepararam uma programação para as moças e após as encenações de teatro, alguém sem ser notado colocou uma cabrita vestida, inclusive com gravata, no dormitório feminino e a correria foi total.

Elas não tinham coragem de tirá-la do dormitório, então tiveram que pedir ajuda para os rapazes.

Eu não participei, pois era aluno externo, mas gostei da história e escrevi:


Uma cabrita safada             Ela diz ser irmã do Calebe          Não se sabe de mais nada             
Que do campo fugiu,            e seu nome é Barnabé,                 só se sabe que ela fugiu,
Foi visitar as moçadas         mas foi visitar a Claudete           com a gravata amarrada
Com um terno de fio.            com uma gravata até o pé.        e sem a cueca que sumiu.


Quando o Pernalonga foi à frente para declamar a poesia, ele não parava de rir e todos da classe riram; menos o professor que em uma atitude de seriedade deu zero para nós dois.

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