sábado, 5 de julho de 2014

Marumbi (Virando rotina) - História



Em um sábado de 2014, uma semana após termos ido no conjunto marumbi, enquanto eu esperava ficar pronto o almoço, ouvi uma buzina de carro em frente ao portão de casa e notei que era meu irmão Floramil e seu colega Carlos, que estavam em um táxi e a caminho da serra do mar e me convidaram para acompanhá-los novamente.

Não perdi tempo; em 5 minutos me vesti, peguei umas frutas, sucos e bolachas e fui até eles.  Saí tão rápido que nem lembrei que a bermuda não era uma vestimenta ideal devido às picadas dos insetos e calcei um tênis sem as meias e me esqueci também de levar um blusão, visto que voltaríamos bem à noite e a temperatura já estaria mais baixa.

Fomos pelo mesmo trajeto do sábado anterior, pegando a estrada da graciosa já em Quatro Barras. É um trajeto bem tranquilo; estrada cheia de curvas, mas de pouco movimento e com paisagens deslumbrantes.

Antes de chegarmos ao portal da graciosa, pegamos novamente o desvio pela casa da pedra, onde paramos por alguns minutos para respirarmos o ar puro, sentir o frescor das matas e no silencio do momento ouvir apenas os sons da natureza.

Novamente ouvimos o estrilado de cigarras e grilos e gorjeio de várias espécies de pássaros, principalmente de arapongas, sendo que a mata estava bem úmida e a estrada com várias poças de água.

Apreciando o verde das matas, a imponência das montanhas, respirando o ar puro, descemos a estrada da graciosa sem qualquer problema, onde notei que algumas hortênsias já estavam florescendo.

Em Porto de Cima chegamos ao posto do IAP, onde após assinar o livro de registro de presença começamos a subir na trilha e as mutucas me deram umas picadas de boas vindas.

Enquanto subíamos, a cada vez que dava para ver o conjunto do marumbi, limpo, sem as nuvens, ouvia-se uma exclamação do Carlos; “Nooossssaaa! ... que maravilha!” e encontramos alguns grupos de jovens que desciam cansados, pois afinal vieram desde o começo do caminho do itupava em Borda do Campo, sendo que alguns estavam andando desde às 7h e outros desde às 8h.

Em uma bica perto da estação de Engenheiro Lange, meu irmão dissolveu suco de caju com açúcar mascavo com a água gelada e límpida que descia da serra, sendo que esse nos renovou as forças.

Na trilha entre as estações Engenheiro Langue e Marumbi eu caminhava um pouco à frente dos dois companheiros, quando encontrei um homem ainda jovem que descia com seu filho de uns sete anos de idade.
Perguntei-lhe se tinham subido o Olimpo e ele disse-me que sim, e desde às 12 horas estavam caminhando.

Perguntei para o menino se estava cansado da subida. Ele só estendeu um braço e disse que um bicho cabeludo o tinha "mordido".

Após chegar à estação do Marumbi, sentei-me e fiquei admirando a beleza do cenário até que chegaram o meu irmão e o Carlos que olhando para o alto exclamou novamente, agora com mais ênfase: “Noooooossssssaaaaaaa!”

Enquanto as mutucas me atacavam para se alimentar, lembrei-me que também necessitava de alimentação e comecei a comer, sendo que devorei quase uma broa inteira integral que meu irmão levara, junto com umas bananas.

Ficamos um bom tempo na estação, quando o Carlos quis conhecer o começo das trilhas e o acompanhei pela que sobe para o Olimpo, pensando em chegar até o rio; mas apesar das trilhas estarem sinalizadas com fitas coloridas e setas, no começo existe várias trilhas e notei várias casas, que apesar de eu já ter ido oito vezes até o local, sendo que cinco vezes subi até o ponto culminante que é o Olimpo, nunca tinha notado.

Chegamos a um local, onde não tinha mais certeza de onde continuava a trilha, pois caminhar às 9 ou 10 horas da manhã quando está bem claro é uma coisa, mas às 19 horas mesmo com o horário de verão é outra.

Voltando à base começamos a caminhar a trilha vermelha, chegando até o rio. Voltamos e começamos a caminhar pela trilha noroeste e subi apenas um pouco por ela, visto que as pedras estavam escorregadias, o sol já estava declinando e as mutucas não me davam sossego.

O Carlos agora só, continuou no caminho, sendo que meia hora após voltou e disse-nos que escorregara e caíra um tombo e disse também        que ouviu guinchos e roncos abafados de vários animais e por precaução resolveu voltar.

Quando retornei à base, meu irmão conversava animosamente com o Rafael, que é professor de um colégio municipal de Curitiba e é apaixonado pela natureza e por história.

Contou-nos que estava parado em uma daquelas casas que eu vira no meio do mato e sempre que tem oportunidade vai até lá.

A casa não é sua, mas os donos das propriedades não as vendem. Disse que tem até propriedade avaliada em R$ 800 mil.

Apontou e disse o nome de todos os picos e contou-nos história sobre aventuras de quando trilhou por eles.

Ele conhece bem a história, pois contou-nos também sobre a construção da ferrovia e particularidades sobre a mesma.

Disse-nos também que em suas férias no final do ano, pretende ir até os Andes e Patagônia.

Falei-lhe que teria que ter muito dinheiro para tal aventura.

Ele respondeu que não gasta tanto, pois em seus passeios na maior parte dos transportes consegue carona.

Mas sempre planeja tudo com antecedência: datas, meios de transportes, hospedagem, procura conhecer a história, situação econômica dos países em que vai e por aí afora.
Disse-nos também que aqueles guinchos e roncos que o Carlos ouvira eram de bugios, sendo que existem muitos na região e é rica a presença de macacos pregos.

Confirmou também a presença de onças e me deu arrepio quando me lembrei de que há várias décadas atrás, eu e outro colega dormimos ali perto, na beira do riacho, sem barraca ou saco de dormir e sem fogo acesso, cobertos apenas com um cobertor ralo cada um.

O professor Rafael disse que o perigo maior era se chovesse no alto da serra e de repente viesse uma tromba de água enquanto dormíamos.

Lá pelas 21 horas despedimo-nos do Rafael e com lanternas acessas começamos a descer a trilha, sendo que durante a descida em dois lugares, sentimos o cheiro forte de urina de animal que achamos que era de uma onça.

Chegando à base do IAP quando ia dar baixa no nome, vi uma enorme aranha parada no tapete onde eu iria pisar. O atendente disse que era aranha de grama e outro rapaz que estava ali disse para eu matá-la, sendo que peguei o tapete e joguei-a novamente no gramado, pois ali era o seu habitat.

Em seguida fomos para São João da Graciosa para lancharmos e trazermos para casa, aqueles deliciosos pastéis recheados de palmito.
Enquanto fritavam os pastéis, conversávamos com o dono da lanchonete e esse nos disse que tem 400 alqueires na região, sendo que a maior parte das suas vendas é de produtos extraídos de sua propriedade, sendo que disse que os próprios sabiás e periquitos ajudam na plantação, pois após comer o que lhes é útil expelem as sementes.  

Perguntamos também sobre a presença de onças e ele disse que várias vezes as viu na região. Inclusive naquele mesmo dia, um conhecido seu vira enormes marcas de uma perto do Recanto Mãe Catira.

Perguntei-lhe se as que vira não eram jaguatiricas.

Respondeu-me que não; pois as jaguatirica são bem menores e uma que ele viu era quase do tamanho de uma vaca. Mas disse que não nos preocupasse, pois elas por natureza fogem do ser humano. Só atacam se estiverem com crias novas, acuadas ou extremamente esfomeadas, mas na serra do mar existe abundância de alimentos para elas.

Mas disse que próximo dali elas mataram e comeram vários gatos e cachorros; inclusive uma matara e comera parcialmente um búfalo.

Disse-nos também que aquele odor forte de urina que sentimos, poderia não ser de uma onça, pois os catetos ou tamanduás também emitem esse sinal.

Meu irmão perguntou-lhe se frequentemente aparecem pessoas querendo 
comprar sua propriedade e ele respondeu que quase todos os dias lhe perguntam. Ele responde que até vende, mas a R$ 150.000,00 o alqueire, isso para não vender mesmo.

Voltamos pela estrada da graciosa novamente, sendo que cheguei em casa quase 1 hora da manhã, mas já pensando no próximo passeio.

Um comentário:

  1. CRISTO VEM PREPARA-TE!

    LUCAS 21:25 e 26 – E haverá sinais no sol e na lua e nas estrelas; e na terra angústia das nações, em perplexidade pelo bramido do mar e das ondas. Homens desmaiando de terror, na expectação das coisas que sobrevirão ao mundo; porquanto as virtudes do céu serão abaladas.
    LUCAS 21:11 – E haverá em vários lugares grandes terremotos, e fomes e pestilências; haverá também coisas espantosas, e grandes sinais do céu.
    II TIMÓTEO 3:1 a 4 – Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos.
    Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te.

    MATEUS 24:14 – E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim.
    APOCALIPSE 1:7 – “Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até quantos o transpassaram. E todas as tribos da terra se lamentarão sobre Ele.”
    ISAÍAS 25:8 e 9 – Tragará a morte para sempre, e, assim, enxugará o Senhor Deus as lágrimas de todos os rostos, e tirará de toda a terra o opróbrio do seu povo, porque o Senhor falou.
    Naquele dia, se dirá: Eis que este é o nosso Deus, em quem esperávamos, e Ele nos salvará; este é o Senhor, a quem aguardávamos; na sua salvação exultaremos e nos alegraremos.

    APOCALIPSE 6:12 a 17 E, havendo aberto o sexto selo, olhei, e eis que houve um grande tremor de terra; e o sol tornou-se negro como saco de cilício, e a lua tornou-se como sangue;
    E as estrelas do céu caíram sobre a terra, como quando a figueira lança de si os seus figos verdes, abalada por um vento forte.
    E o céu retirou-se como um livro que se enrola; e todos os montes e ilhas foram removidos dos seus lugares.
    E os reis da terra, e os grandes, e os ricos, e os tribunos, e os poderosos, e todo o servo, e todo o livre, se esconderam nas cavernas e nas rochas das montanhas;
    E diziam aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós, e escondei-nos do rosto daquele que está assentado sobre o trono, e da ira do Cordeiro;
    Porque é vindo o grande dia da sua ira; e quem poderá subsistir.

    JOÃO 14:23 – Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar.
    E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também.

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