sábado, 5 de julho de 2014

Graciosa de novo - História


Em uma quarta-feira de setembro de 2013, como estava de férias resolvi ir até Morretes e caminhar novamente pela estrada da graciosa.

Escolhi uma quarta-feira porque nesse dia a empresa Serra Verde Express oferece um desconto de 40% nas passagens de trens, para os moradores de Curitiba e adjacências, bastando apresentar um comprovante de residência.

Averiguei a previsão do tempo em vários sites e em todos relatavam que seria um dia parcialmente ensolarado de com muitas nuvens, mas descartavam a passagem de chuvas na região e olhando o céu estrelado de madrugada, confiei nas previsões.   

Bem cedo enquanto me preparava para o passeio, o vento começou a trazer muitas nuvens escuras, vindo da direção norte para o sul; então ainda em casa peguei um saco grande de plástico, para improvisar uma capa de “bob-esponja”, caso chovesse. Ao dirigir-me até o centro, o céu começou a limpar, pois eram apenas nuvens passageiras.

Averiguei o preço das passagens para ir de trem, mas apesar do desconto concedido, para pobres o preço ainda era inviável, pois o desconto não é concedido para bilhetes da classe econômica e sim apenas para os da classe turística.

Diante do exposto, resolvi embarcar no ônibus das 7h45m que vai pela estrada da graciosa e ao comprar a passagem pedi passagem até o primeiro recanto ainda no alto da serra.

Venderam-me passagem até o obelisco e antes de embarcar no ônibus falei com o motorista que queria descer no primeiro recanto e estranhei quando o ele parou bem no entroncamento que vai para Quatro Barras e disse-me que o bilhete comprado daria apenas até ali.

Tive que andar mais três quilômetros para chegar ao Recanto Engenheiro Lacerda, mas foi até bom, pois uma pessoa pode passar várias vezes pelo mesmo local, que sempre irá notar novas coisas.

Ao passar pelo rio do corvo notei o contraste entre suas águas límpidas e dejetos e resto de comidas deixadas em suas margens, apesar de ter várias placas alertando contra esse abuso contra a mãe natureza.

A princípio parecia que o curso do rio era do norte para o sul, mas olhando no outro lado da ponte onde tinha uma pequena cachoeira, notei que seu curso seguia no rumo oposto.

Logo após, notei vários pedaços de plásticos e latas automotivas, demonstrando que ali houvera um acidente, inclusive achei junto a elas uma lata de cerveja.

Pensei como é que puderam bater ali, pois era em uma grande reta e a lata poderia até ter sido jogada por outra pessoa que nada tinha a ver com a questão, mas quem a lançou além de infringir contra o meio-ambiente, não poderia estar dirigindo, pois com certeza as centenas de latas jogadas à margem das rodovias não são consumidas apenas por passageiros.

Ao chegar ao recanto Engenheiro Lacerda, comprei dois grandes pastéis de palmito e um tampico e continuei a descida.  

Desta vez na maior parte da caminhada o silêncio era quebrado apenas quando passavam carros e também pelo murmúrio das águas, pois devido as constantes chuvas, em quase todo lugar tinha um pequeno regato a seguir o seu caminho. Ouvi também o chilreado de beija-flores, da araponga e o cantar de vários grilos.

A caminhada estava prazerosa, mas por uns momentos fiquei triste, quando observei um pequeno animal que fora atropelado. A princípio pensei que era uma ratazana, pois de vez em quando nas ruas da cidade é possível ver alguma esmagada, mas quando cheguei perto notei que era um filhote de quati que fora atropelado provavelmente naquela madrugada, pois suas vísceras estavam expostas e ainda frescas.

Enquanto caminhava arrastei para o acostamento dois galhos de árvores que estavam na rodovia. Eram galhos pequenos, mas poderiam causar acidentes. Devemos nos preocupar também com as pequenas coisas, por exemplo; ao chupar uma bala, guardar a embalagem para jogar em um cesto de lixo e nunca jogar a esmo em qualquer lugar, pois se cada um fizer a sua parte, com certeza viveremos em um mundo melhor.

O sábio Salomão inspirado por Deus há muito tempo atrás, escreveu em Cânticos 2:15  Apanhai as raposas, as raposinhas, que fazem mal às vinhas, porque as nossas vinhas estão em flor.

Em um lugar olhei para trás e fotografei uma parte da montanha toda coberta de árvores, mas havia uma falha onde só havia rochas, pois uma parte de árvores e pedras havia caído devido a um deslizamento. No silêncio do momento pensei: como seria terrível estar naquele lugar quando tal fato se sucedeu; olhar para cima perceber várias árvores e enormes pedras desgovernadas descendo em sua direção. Minha imaginação foi transportada para um futuro bem próximo; para o dia da Volta de Cristo a esta terra. Naquele tão glorioso dia, os fundamentos da terra serão abalados e cordilheiras inteiras de montanhas virão abaixo.

Momentos depois fui fotografar uma linda paisagem em minha frete, mas olhando mais atentamente, verifiquei que era a o mesmo monte onde já havia fotografado, em um momento em que olhei para trás, pois devido as curvas da estrada quase que sempre entre as sombras das árvores, caminha-se em direção a todos pontos cardeais e colaterais.

Um pouco adiante encontrei o Luiz, um rapaz que trabalha com artes visuais, sendo que estava com seu carro parado em uma pequena reta com alertas ligado e estava fotografando e disse que fotografa toda espécie de lixo deixado na mata atlântica.

Seu objetivo é expor em um mural para conscientização da sociedade curitibana, inclusive mostrou-me uma foto que tirara; uma calota de carro presa em um pedaço de pau, com os dizeres: “Flores da serra do mar”

Conversamos por uns vinte minutos e falei de meu plano em chegar até São João da Graciosa até às 14 horas, pois este era o horário em que teria ônibus para Morretes e já  era 12h15m e de onde eu estava ainda faltavam oito quilômetros.

Ele disse-me que tiraria umas fotos um pouco mais acima e na descida se me encontrasse daria carona, fato que se sucedeu minutos depois, sendo que fui com ele até Porto de Cima.

No caminho me disse que sua preocupação com a flora e a fauna é tanto, que quando vê alguma latinha com abertura para baixo ou semi enterrada nem mexe, pois com certeza ali tem algum animal vivendo.

Eu nunca tinha pensado nessa situação, mas repliquei que eu ajunto todas, visto que uma latinha de alumínio leva até 200 anos para se decompor, então não as ajuntando os males seriam muito maior que os benefícios.

Falei-lhe que achei até duas que estavam prensadas entre os paralelepípedos, sendo que uma consegui retirar, mas outra estava tão compacta, que até já fazia parte do meio ambiente e para tirá-la teria que tirar um paralelepípedo. No caminho vimos mais algumas latas jogadas na rodovia.

Às 13h em Porto de Cima, embarquei no ônibus e fui até Morretes, onde em um daqueles bancos e mesa na beira do rio Nhundiaquara, saboreei os pastéis e o refrigerante, sendo que metade das latinhas que ajuntei entreguei para uma senhora de um recanto na metade da serra e as que achei posteriormente, entreguei para um velhinho em Morretes.
 
Enquanto degustava meu lanche vi um grupo de crianças de um colégio que acompanhado de professores visitavam o lugar e ouvi um professor contando parte da história.

Ele disse que em 1880, D.Pedro II foi quem plantou aquelas palmeiras imperiais e falou também da visita da princesa Isabel com seu marido Conde d’Eu naquele local.

Após comprei a passagem para voltar de trem, sendo que paguei R$ 39,00 por um bilhete da classe turística, onde além do lanche, em cada vagão tem um guia turístico que mostra cada ponto turístico e explica também um pouco da história da construção da ferrovia.

Interessante também foi a preocupação quanto a preservação do meio ambiente, pois nos vagões após o lanche, o lixo é recolhido em recipientes separados e em duas etapas; os recicláveis e orgânicos.  

O dia esteve nublado, mas não choveu e assim eu trouxe o saco plástico novamente para minha casa para ser usado em outra ocasião.

No dia seguinte, enquanto escrevia esse relato e estava com as pernas ainda doloridas pela caminhada, olhando parte do trajeto em que caminhei pela Wikipédia, já senti saudades e me deu vontade de logo voltar novamente para esse paraíso tropical.



2 comentários:

  1. Graciosa é sempre um ótimo passeio.

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  2. CRISTO VEM PREPARA-TE!

    LUCAS 21:25 e 26 – E haverá sinais no sol e na lua e nas estrelas; e na terra angústia das nações, em perplexidade pelo bramido do mar e das ondas. Homens desmaiando de terror, na expectação das coisas que sobrevirão ao mundo; porquanto as virtudes do céu serão abaladas.
    LUCAS 21:11 – E haverá em vários lugares grandes terremotos, e fomes e pestilências; haverá também coisas espantosas, e grandes sinais do céu.
    II TIMÓTEO 3:1 a 4 – Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos.
    Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te.

    MATEUS 24:14 – E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim.
    APOCALIPSE 1:7 – “Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até quantos o transpassaram. E todas as tribos da terra se lamentarão sobre Ele.”
    ISAÍAS 25:8 e 9 – Tragará a morte para sempre, e, assim, enxugará o Senhor Deus as lágrimas de todos os rostos, e tirará de toda a terra o opróbrio do seu povo, porque o Senhor falou.
    Naquele dia, se dirá: Eis que este é o nosso Deus, em quem esperávamos, e Ele nos salvará; este é o Senhor, a quem aguardávamos; na sua salvação exultaremos e nos alegraremos.

    APOCALIPSE 6:12 a 17 E, havendo aberto o sexto selo, olhei, e eis que houve um grande tremor de terra; e o sol tornou-se negro como saco de cilício, e a lua tornou-se como sangue;
    E as estrelas do céu caíram sobre a terra, como quando a figueira lança de si os seus figos verdes, abalada por um vento forte.
    E o céu retirou-se como um livro que se enrola; e todos os montes e ilhas foram removidos dos seus lugares.
    E os reis da terra, e os grandes, e os ricos, e os tribunos, e os poderosos, e todo o servo, e todo o livre, se esconderam nas cavernas e nas rochas das montanhas;
    E diziam aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós, e escondei-nos do rosto daquele que está assentado sobre o trono, e da ira do Cordeiro;
    Porque é vindo o grande dia da sua ira; e quem poderá subsistir.

    JOÃO 14:23 – Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar.
    E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também.

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